quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

DOMÍNIO DAS IDEIAS

Em 1956 até 1960, junto com jovens idealistas de toda Europa fui a estudar ao Colégio Hispano Americano, no Campus universitário Complutense de Madri.
 Estes jovens idealistas havíamos respondido ao apelo angustioso do Papa Pio XII que exhortava aos jovens de Europa para irem trabalhar a América Latina para salvá-la das ideias do comunismo que propagava o ateismo, a abolição da propriedade privada. a igualdade entre as pessoas e a entrega do fruto do trabalho ao Estado. Esses eram os objetivos que agruparam muitos jovens, sedentos por fazer o bem a humanidade que corria o risco de perder a fé e a liberdade.
Espanha vivia a dura ditadura do Franco, apoiado pela ultra direita e a Igreja católica conservadora. A criação do Colégio Sacerdotal Hispano Americano no Campus da Complutense era obra conjunta do Estado Totalitário e a igreja católica europeia e americana, cuja sigla era OCSHA.
A formação dessa juventude idealista era uma educação conservadora e controladora. Porém a contradição apareceu. O  Colégio de Madri  era dirigido por professores experientes e cientistas que professavam uma educação libertadora em todas as manifestações e atitudes humanas. O colégio era como uma comunidade de amigos. Cada aluno tinha seu quarto e podia organizar sua vida e estudos ao seu belo prazer. As aulas eram um debate sobre temas de filosofia, religião, sociologia, linguas, música, política e muito esporte, praticado nos campos esportivos da imensa universidade nacional e internacional e muita literatura e teatro. Os alunos podíamos sair a cidade bem a vontade, dentro de horários normais. Bastava avisar ao supervisor que também era um colega escolhido. A grande surpresa era que as aulas de teologia não tratavam de dogmas, mas do estudo detalhado e cronológico dos libros sagrados de Bíblia. Se podia estudar em grupos. Nas provas escolares se podia usar os livros de texto. Nessa prática apreendi que usar os livros para responder as questões das provas escolares era mais difícil que responder de memória os textos estudados anteriormente. Com os textos na mão quem não tinha estudado não conseguia encontrar as respostas certas na hora da prova. O professor saia da aula e só voltava, ao fim da aula para recolher os trabalhos de examem. Os alunos jamais ficavam tão atarefados!
Os professores criavam grupos de alunos para os domingos optarem para irem a trabalhar nas favelas de Madri ou ficar no Colégio. Nesses grupos também entravam alunos e alunas de outras faculdades da universidade e de bairros. Esses grupos engajados com a realidade participavam dos protestos constantes contra normas, comportamentos, perseguições e assassinatos do regime franquista. Geralmente quando havia manifestações participávamos e corríamos para fugir dos cascos do cavalos dos brutos soldados do regime. Colegas eram presos e mortos.

Estes grupos seguiam os movimentos revolucionários do planeta, dividido entre capitalistas e comunistas. Atualmente domina o grupo capitalista fundamentalista contra outros grupos fundamentalistas religiosos.

sábado, 3 de dezembro de 2016

❤️ Consigue Premium GRATIS

Twoo

Consigue Premium, ¡sé feliz!

¡Es hora de celebrarlo al estilo Premium. Te damos 1 semana de Premium GRATIS!

Empieza la semana GRATUITA

¡Échale un vistazo a nuestros usuarios!

 

Ventajas Premium

Descubre tus visitas
Descubre si tus mensajes se han leído
Búsqueda conectada
Navega invisible
Visita perfiles directamente
Y mucho más
Has recibido esta notificación porque te has registrado como Jorge Solivellas Cem (jorge.solivellas.cemper@blogger.com) en Twoo - Dar de baja. Massive Media Match NV, Emile Braunplein 18, 9000 Ghent, Belgium BE0537240636. ¿Alguna pregunta? Envíanos un email a premium@twoo.com para una respuesta en inglés en menos de una hora, o a info-es@twoo.com para una respuesta en español

domingo, 20 de novembro de 2016

OPRESSÃO DAS INSTITUIÇÕES

 Toda manhã ao abrir a janela do quarto, observo, admirado, dois , tres, um pássaros possados ao alto das folhagens dos galhos das árvores que, ainda, embelecem a cidade. Calmos, parece que olham por todos partes das paisagens da panorama da bela existência dos seres. Pulam de galho em galho. Parece que brincam. Espicham as assas e, suavemente se bicam uns aos outros, tranquilos e ausentes das pessoas e motores que correm nas ruas barulhentas da cidade. Voam por breve tempo e possam em outras árvores das rua, jardins ou quintais das casas do bairro. É da dança da vida livre de quem pode.
O pássaro voa e voa,mas precisa do ar, das árvores para descansar, pensar e brincar. Belo espetáculo matinal da vida natural.
A dependência dos pássaros e as árvores para seu bom e bem viver me levou a sentir a dependência que na atualidade existe entre os indivíduos e as instituições da sociedade. Me explico: Depois de uma longa viagem e, depois do almoço, estava dormindo minha costumeira siesta. Subitamente me acorda o estridente apito do interfone. Atrapalhado atendo. Era o correio que me entregava uma carta convocatória para a Assembleia Ordinária de uma empresa da qual sou diretor titular, desde os anos de universidade. Sinceramente amaldiçoei os correios e a empresa que me convocava. Tiraram meu belo e necessário sono revigorante.
Mais uma vez observo que os animais são mais livres que os homens. Nunca ouvi os pássaros xingar o ar ou as árvores. Nem o ar e as árvores xingar os pássaros. Se estabelece, entre eles, uma tácita relação natural, livre, equilibrada, pacífica, despreocupada, porém produtiva na criação dos filhotes e no encantamento dos demais seres da natureza.

Experimento que os homens, os seres tidos como inteligentes que vivemos em família, grupos e comunidades humanas, que formam a grande sociedade, tem uma relação natural, sim, porém percebemos que o peso de uma relação formal, condicionada e imposta pelos pais e hierarquias tanto nos grupos como na comunidade local, regional, nacional e internacional. Os humanos dotados de inteligência dizem que essa relação e cultural, entendendo por cultural os costumes que vem de bem longe de nosso tempo atual. Essa relação cultural vem repleta de teorias cada dia mais complicadas para as pessoas de a pé. Agora os cidadãos vivem oprimidos pelos instituições que são os que impõem seu peso dominador sobre os indivíduos nascidos livres.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

MEU JULGAMENTO POLÍTICO


Sem querer comparar-me a tantas personalidades históricas julgadas e condenadas injustamente , mas para entender melhor que a justiça humana, normalmente é falha, vou contar meu julgamento político, durante os primeiros meses da ditadura militar e grupos conservadores da direita ( 1964).
Depois de ter sido preso durante cinco dias no quartel militar de Juiz de Fora, acusado de socialista por cidadãos da cidade, fui julgado no DI4, em Belo Horizonte. Os juízes eram militares de patente, presididos por um coronel que fazia as perguntas com a seriedade e gracejos de quem acha que é infalível, porque tem o poder sobre vida e morte dos pobres idealistas.
A pergunta que mostra o teatro ridículo dos julgamentos foi a seguinte:
- Por que o senhor mexeu em política?
Respondi com toda educação e tranqüilidade. - Senhor coronel, eu trabalhei dando aulas de filosofia, religião e economia. Ademais organizei o grupo de jovens Gente Nova, juntamente com o informativo semanal noticiando fatos ocorridos na cidade e na região. Também, junto com líderes camponeses, fundamos sindicatos de camponeses e organizamos o movimento de empregadas que exerciam sua função sem nenhuma garantia trabalhista. Meu senhor, isso era, em resumo, o meu trabalho. Foi para isso que fui convidado e pago pela diocese para estar e trabalhar na região.
Pois veja, insistia o senhor coronel. – Tenho aqui nas minhas mãos uma carta do seu pai que, dias atrás, o aconselhava a não mexer com política.
 Enfaticamente prosseguia .- Escute o que escreve seu pai. Filho, lembra o que se passou na ditadura de Franco em que todos os que faziam política de esquerda eram presos e mortos. Filho, tem juízo!
Ai, eu, irônico e com emoção, fingida, replico ao justiceiro coronel. - Senhor coronel, não sabe a alegria que o senhor me dá ao afirmar que tem uma carta do meu pai. Mas que felicidade poder receber uma carta do meu querido pai! Me mostre essa carta, meu bom coronel. Quero tocá-la em minhas mãos. Mais que emoção! Sabe porque, senhor coronel? Imagine, meu querido pai faleceu quando eu tinha dois anos, em 1935. Que milagre receber, agora, uma carta dele. Por favor, quero guardá-la...
O coronel olhou seriamente para os outros doutores da lei. Dos seus olhos saiam faíscas.
Eu rindo lhe disse.- Senhor coronel, todas as acusações que o senhor recebeu sobre mim e colegas são falsas, como a carta de meu querido pai que jamais tive a sorte de conhecer.
Eis mais um fato real de como são os julgamentos dos humanos. “ Não vejo motivo nenhum de condenação”. “ Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque.  deles é o Reino dos Céus”( Lc, 5, 10)
A história sempre lhes agradecerá o ideal da liberdade.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

PROCESSO DEMOCRÁTICO

Numa democracia representativa o ato de votar livre é um processo importante do regime democrático, mas não o único, nem o mais importante. Pela minha experiência e pelos estudos, estou convencido de que a democracia é um conjunto de elementos interligados e complementares. Os partidos políticos, representativos dos desejos e interesses dos membros de comunidades sociais, são a base da democracia. É no partido que se formam seus afiliados, conscientes de que somente, como partido, podem ter oportunidade real de serem ouvidos e poderem decidir nos diversos governos municipais, estaduais e federais. Sem partidos ativos, conscientes e representativos dos grupos nacionais, fica muito difícil o funcionamento normal do regime democrático. As idéias presentes nas mentes dos indivíduos que se afiliam livremente ao partido poderão competir livremente para poder formar governo, juntamente com os outros partidos que tenham o mesmo formato, mesmo que as idéias sejam e devam ser diferentes. As deferências constroem a beleza social e pessoal de uma comunidade de Estado de Direito. O respeito as idéias dos outros fundamenta uma convivência pacífica e progressista entre todos os partidos.
O voto se torna o ato responsável e livre para o cidadão poder colocar o partido perto do governo ou dentro do governo e assim poder decidir nos atos normais e formais do governo.
Os partidos políticos respondem sempre as idéias afins dos cidadãos que configuram o partido que mais se adapta ao modo de ser de cada cidadão. Somente assim é possível a formação de uma sociedade livre, pacífica e próspera.
Uma sociedade, como a nossa, com partidos de conveniência,  ou pior, partidos de aluguel ou mesmo, partidos de grupos corporativos, fica muito complicado viver democraticamente.
Sei que o resultado das eleições municipais de 02 O. sacudiram partidos importantes e que os grupos dominantes da política e da economia do país continuarão articulando e confabulando, conforme interesses. Porque esses partidos representam interesses privados e de grupos hegemônicos, que não respeitam as idéias e as diferenças dos contrários, a nossa sociedade seguirá na turbulência. Entendo que vencedores e vencidos pouco contribuirão para uma comunidade democrática, pacífica e, livremente produtiva.


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

TENDÊNCIA NATURAL À FELICIDADE

Como o sol, seguindo a natureza, desponta toda madrugada, de modo infalível, assim também a procura da felicidade é um fato natural do ser humano. Ser feliz é seu destino. Essa tendência está injetada e nasce, de modo espontâneo e necessariamente, da natural ordenação da existência.
 Testemunho dessa afirmação são a experiência e o consentimento unânime do gênero humano. Os homens guiados por esse impulso natural tendem a desejar a plena felicidade, a apetecer, com infatigável empenho os bens particulares e evitar todos os males. O bem é o único objeto natural da vontade humana em todos os tempos.
Ninguém duvida desse sentimento natural que é igual ao desejo de comer, dormir, amar ou trabalhar. Essa verdade está inscrita no mais fundo e nobre da alma. Todos compreenderam esse sentimento, porém poucos conseguem.
A natureza jamais pode falhar, nem enganar o ser mais nobre da criação dando-lhe um desejo biológico que jamais pode lograr!
Seriam os animais mais perfeitos que as pessoas humanas?
Sinto que os passarinhos cantam ao acordar e na hora de deitar!
Por que os brutos e os seres naturais satisfazem todos os desejos biológicos?
Existem muitas justificativas individuais, coletivas e de grupos que, no fundo, só  procuram o poder de se impor às pessoas, prometendo essa felicidade do paraíso perdido.
Eu mesmo tenho minhas respostas certas e erradas, mas desejo que antes de escutar tantas bagatelas alheias, seja você mesmo, leitor, que tente responder a questão tão vital do ser humano.
Sem dúvida, se a resposta é a sua própria e não, a que os outros botaram na sua mente, será a resposta que mais próxima estará da verdade para obter a felicidade.
Por favor, busca a resposta dentro de você mesmo, pois os reclamos são imensos e quase sempre falsos. A verdade está em cada ser humano. Procura!
O respeito às decisões dos outros poderá conseguir o desejado fim da felicidade que  pedimos e desejamos para todos os que amamos.


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

DESABAFA, CORAÇÃO

 D E S A B A F A,  C O R A ÇÃ O!
         Jorge Ssolivellas Perelló
  Escritor e professor. E-mail:jorge.solivellas@gmail.com

Eu sou livre. E para poder ser livre vivo em minhas escolhas pessoais de cara ao bem dos outros que conheço, que amo e aos quais me dedico, porque quero, precisamente porque sou livre como o passarinho que voa, canta, suga o néctar das flores do campo, dos jardins das cidades e pousa na árvore que escolhe para confeccionar seu ninho de amor.
Segui as orientações dos meus mestres e escolhi, em grupo de amigos, vivir em Brasil, em Minas e na cidade bela, por natureza de Sete Lagoas. Ao cair da tarde do dia da minha chegada a cidade, ao descer do Setelagoano, junto com Chico Cotta e colegas, pulei de alegria ao admirar a Lagoa Paulino com a ilha do Milito. Encantado gritei: - Vejam. Estou em Mallorca, em Veneza, em Ansterdam! –
Fomos instalados no colégio Dom Silveiro e Seminário São Pio X. Nossa missão era formar líderes para ter um Brasil livre das ideologias dogmáticas dos anos 60. Dei aulas, curos, palestras, organizei junto com Raimundo Figueiredo, Laerte, Joaquim de Pompeu mais de 100 sindicatos rurais e com Dirceu e Zoé o movimento de jonves Gente Nova , juntamente com o jormal semanal com o mesmo nome. Algo diferente acontecia na região e no Brasil. Veio a reação fascistas de sempre e houve presos, mortos e a disperssão, mas o ideal da liberdade continuava.
Junto ao Pe. José Maria de Man fundou-se a Universidade de Trabalho, hoje Unileste, no Vale do Aço, logo em Contagem e Betim. Na Puc. MG, por mais de 20 aos organizei a relação trabalho e estudo em todos os cursos e campi e como coordenador de cultura as artes começavam a fazer parte da  formação profissional dos alunos da universidade. Pela arte organizada nos bairros mais pobres de Belo Horizonte, se iniciava, indiretamente, uma terapia eficaz para adolescentes e jovens viciados nas drogas que o sistema sustenta.
Agora idoso, o estado de togados, favoreceu outro golpe as legalidades e as liberdades e aquí estou sentindo que a liberdade voltou a ser algo subjetivo. Não posso estar triste, porque sei que a liberdade está dentro de mim. Amo-a. Defendo-a com carne e unhase com todos os meios ao alcance.
Estando falando comigo mesmo estes fatos da vida da gente,  sentado num banco da venida J. Soalheiro, um grande amigo que estava passando, pára e me disse: - Oh, Jorge, está falando sozinho?- Estou repensando minha vida e ação nesse Brasil.- respondo-
O amigo senta-se junto a mim e, já imaginando o que pensava, considera: - Amigo, também sinto que estamos passando momentos de repressão, bem semelhantes, ainda que distintos dos que vivemos nos anos da ditadura militar. – Confirma. Hoje a repressão as liberdades são executadas pela lei. Os juízes pensam que todo o que legal é legítimo. Que cumprindo a lei está tudo certo e justo.
Disse-lhe com ênfase. – Para mim amigo, essa situação é pior que a repressão das armas, porque o estado dos togados, também manejam sempre que necessário as armas dos militares e o uso em vão do nome de Deus. O estado brasileiro está-se tornando um estado teocrático, mesmo que a Constituição Federal proclama que o Brasil é um Estado laico, onde todos as religiões podem agir com liberdade, mas o poder está no Estado Democrático de Direito, coordenando todos os demais poderes civis, religiosos, políticos e econômicos. A democracia, no mundo tornou-se um mito e um rito. A semana que passou estava, em BH, numa reunião de liderenças religiosas- O CONIC – para o Encontro Estadual e um juiz do Tribunal Regional Eleitoral nos orientava de que, na democracia, o mais importante era o voto e dava suas razões. Mas vários líderes retrucavam-lhe que o voto forma um elemento importante na democracia, porém que o mais importante é que os cidadãos participem de decições da política local, regional e até federal. Ser didadão significa ser livre e autónomo como pessoa e como membro da comunidade que vive. A discussão ficou quente. Na democracia participativa o cidadão é livre. Somente assim se evita o voto cabresto. O juiz insistia que na américa Latina o povo não está preparado para ações livres. Precisa de vigilância e leis.-
-Esse golpe é mais repressivo, porque obriga, castiga e prende com a ajuda dos militares e o apoio da grande imprensa que vive dos apoios as grandes organizações industriais, financeiras e militares. Veja a brutal repressão aos manifestantes de São Paulo, a cidade mais capitalista do Brasil.
O amigo insistia para que não desanime, pois o tempo, com tempo e muita paciência arruma avança para o novo.
- Amigo, a sociedade muda muito devagar. A mente humana muda nunca. Só mudam os meios, a técnica, mas a mente não muda, porque as forças da opinião imprimem carácter.
O que fala meu coração reside na minha mente. Porém percebo que essa mente humana manifesta algo que é sobre humano. A mudança, na história começa pela mente na sua totalidade natural e sobrenatural. 
 

terça-feira, 30 de agosto de 2016

QUEM MANDA NAS DEMOCRACIAS?

As instituições que fundamentam a sociedade atual, como o legislativo, judiciário e executivo dos governos em função nada decidem sobre as necessidades básicas das comunidades ditas democráticas. São funções dedicadas a sustentar , a alimentar a sede de poder dos grupos corporativos. Esses grupos dão as normas e manipulam as rédeas dos ocupantes de cargos políticos. 
Quem manda no governo não são os governantes eleitos. Mandam esses grupos e seus aliados mercenários. Esses grupos elegem, para governar municípios, estados e federação pessoas que somente cuidam dos interesses do donos  que são urubus rasgando cadáver social dos estados, deixando, talvez, os ossos para o resto.
O desprecio às democracias está no rito do voto. Ora, votar faz parte da dinâmica geral do sistema político das comunidades. O voto é um elemento que indica uma escolha livre do cidadão. Por isso o importante na democracia é a participação ativa e responsável dos cidadãos nas decisões da política municipal, estadual e federal. Os vereadores, deputados, senadores, executivos representam os interesses de todos os membros da cidade, estado e nação.
Hoje se observa que a democracia participativa pouco tem a ver com o que sucede no mundo caótico em que vivemos. Vejam: a terra treme e mata e destrói. Grupos armados atacam, invadem, sequestram e declaram guerras. Os estados, por dinheiro fabricam e vendem armas a quem paga melhor. Mediante a tática do terrorismo o mundo inteiro está em conflito generalizado. Não se pode viajar tranquilos, nem trabalhar mais para criar bens duradeiros, nem descansar em paz nas casas, nem cuidar da saúde, base do bem estar  pessoal e social.
Todo esse caos mundial vem da formação do pensamento que os grupos mediáticos colocam na cabeça das pessoas que mais que cidadãos livres são objetos manipulados como folhas mortas caídas de árvores secos.
O Brasil, há vários messes vive essa situação. Os grupos que comandam a economia mundial querem tirar mais bens naturais desse país, imensamente rico, mas que a desigualdade social nunca foi tão desigual. Democracia só existe quando existe democracia econômica. O Brasil é dos poucos países  que ainda não fez reforma agraria honesta. O grupo mais poderoso do país é o grupo de donos das terras na organização UDR- União Democrática Ruralista. Vejam que nome lindo. Mas observam suas práticas. Estão organizados por mafias que manipulam as populações como nos tempos da colonização e estão emparados pelas instituições sociais da democracia, sobretudo pelos militares que sempre mandaram  nos países invadidos. Por isso os pobres, imitando os ricos, apreendem a se organizar e ter armas e enfrentar as forças convencionais, como acontece diariamente nas grandes cidades do pais.
Vejam a palhaçada das próximas eleições municipais de outubro. Esses dias pode ser destituída pelos políticos mercenários a Presidente eleita e o sistema continua insistindo em votar membros marcados para governar o que já parece ingovernável.
Democracia somente pode existir com respeito ao outro, mediante aceitação das diferenças com acordos firmes e revisados, sempre que os grupos diferentes vejam necessidade.
Por isso o Papa Francisco insiste em comunicar que o ato de caridade perfeito é a ação política. Política e religião estão juntas sempre, porque se trata de servir ao outro. Ter fé é servir e cuidar do outro semelhante que tem os mesmo deveres e direitos.

Para uma democracia participativa se tem que mudar as ideias das comunidades . Favorecer, de fato, o diálogo interpessoal para, juntos, organizar as comunidades, visando o bem comum.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

AÇÃO COMUNITÁRIA

A palavra aliança é mística, porque desde a origem é entendida como a união da criatura com o Criador. A aliança fica desfeita somente pelo comportamento de afastamento da criatura que , usando da liberdade pessoal, rejeita a gratuidade do Criador. Esse afastamento gera situações trágicas para a humanidade.
A partir desse afastamento o bem - estar comunitário se complica. A história humana se resume nas alianças entre a criatura e o Criador como se observa na visão do Antigo Testamento e se concretiza para sempre no Novo Testamento, onde essa aliança temporal somente se pode concretizar pela conversão do povo libertado por Jesuscristro ao dar a vida pela salvação do novo povo. A aliança religiosa e política formam unidade. A conversão  que se entende pelas  palavras: Mudança; Retorno; Arrependimento.
O jovem mostra uma mudança individual ao dedicar-se ao bem social em movimentos de jovens. Se trata de uma mudança prática. O conhecimento passa para a ação que salva.Não basta discursar e protestar. Jovem é jovem quando age livremente pelo bem dos outros jovens e adultos.
Retorno significa a adesão total do espírito humano- individual dentro de uma comunidade comprometida com o bem-agir e ser.

Arrependimento acontece quando cada membro da comunidade humana abandona as faltas individuais e comunitárias e se dedica para o bem – comum, base dos partidos políticos e suas alianças. Política só serve quando se torna um ato religioso. O Papa Francisco nos lembra que o ato de caridade maior é fazer política.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

AMARRAS IDEOLÓGICAS

Os fatos
Os bens da natureza são oferecidos gratuitamente
Quilo de feijão, base alimentar do brasileiro comum,  100% de aumento
Funcionários do judiciário, militares e cia, 41% de aumento salarial ao mês
Salário Mínimo, 01/01/26: R$. 880,00. Reajustes conforme governos, sindicatos e inflação e INPC.Especulação dos grupos de produtores e das empresas trnasnacionais
Taxa básica de juros no Brasil, Copom, 22/07/ 2016 : 14,25% a.a.
Taxa de juros dos EEUU: 0,5%; UE: 0,0%; Grã Bretanha: 0,5% a;a
Empresas privadas do desastre ambiental de Mariana-Minas Gerais sem culpados
Petrobrás. Empresa pública. Processo Lava Jato. Repressão seletiva dos juízes
Embraer. Empresa pública produtiva e próspera.
Justificativas
Esses fatos emoldam a vida da gente. O premiado escritor R. Ferlosio, parodiando ao universal filósofo Walter Benjamim, prova que “ o destino é invento da desventura , como o pecado é um invento do castigo e o juiz é um invento do verdugo” O juiz é quem decide sobre os fatos da vida da gente através de justificativas que provam, ideologicamente, a justiça das ações. A justiça é subjetiva. As auto representações ideológicas não somente cumprem uma função racionalizadora e moralizadora , senão que se consolidam numa irredutível convicção. Ideologias se apresentam como convicções racionais e condutas morais de consciência. As ideologias são oferecidas insistentemente como verdades inapeláveis; por exemplo: ecologia, inflação, judiciários,corrupção, salário mínimo, autoridade, trabalho, juros, pesquisas de opinião... Para todos esses fatos listados no início sempre aparecem justificativas esfarrapadas surgidas de ideologias de grupos dominantes. Nesses calamitosos dias experimentamos a farsa da destituição da Presidenta do Brasil com objetivo de parar o lento avanço da população e centrar todo o sistema econômico neoliberal ao aumento desproporcional do lucro dos grupos hegemônicos que sempre governaram esse país da abundância e da bondade


terça-feira, 2 de agosto de 2016

AGOSTO, MÊS MAGESTOSO

A história, desde o ponto de vista dos grupos mandantes, desde o império até nossos dias, o mês de agosto é tido como azarado, repleto de desgraças e fatos escabrosos. Pura superstição que justifica ações que vão contra o povo e a favor dos grupos mandantes.
Agosto é o mês dedicado ao imperador romano Augustus, cujo nome define a celebridade dessa personagem histórica do Império Romano em seu momento de glória.
Para mim o més de agosto, de que nasci em clima temperado, tem sido um mês agradável e produtivo; No clima temperado é o glorioso mês de férias coletivas e das escolas. Dias de festas, passeios, praia, A festa do padroeiro da minha paróquia, quando se reúne toda a família para festas, banquetes, bailes, prêmios municipais. Em o caso de Brasil, clima tropical é o retorno as aulas. Para mim que, sou professor e adoro minha profissão, se trata do retorno ao ensino e ao aprendizagem. Ninguém ensina se primeiro não apreende.
Sempre apreendi e muito com os muitos alunos que juntos programamos os temas a pesquisar e debater.
O mês de agosto é o aniversário de grandes amigos inventores, produtores e bem-feitores. alguns já estão fora do tempo. Outros, ainda vivemos nesse tempo e por ele empurrados.
Sim, sei que agosto teve o golpe de C. Lacerda e cia contra o Vargas e para seguir a tradição golpista dos grupos da ultra direita nesse mês de agosto se prepara o final trágico-cômico do golpe contra o partido dos trabalhadores, único partido político que saiu do povo e que tentou melhorar, no possível, um pouco esse povo marginalizado.
O mês de agosto é o fim do inverno, a volta do nova primavera, sempre em flores coloridas e generosas. Pena que as pessoas imitamos muito pouco os seres vivos da natureza, salvo os poetas e meninos.
Bem vindo esperançoso e magnífico mês de agosto. Coragem e esperança.  

segunda-feira, 18 de julho de 2016

PRATICAR A MISERICÓRDIA

A diocese de Sete Lagoas comemora nesses dias os 60 anos da ação evangelizadora entre os moradores da região. A novidade se concentra na palavra JUBILEU.
 O Papa Francisco estabeleceu o Ano do Jubileu da Misericórdia, dando o sentido à palavra Jubileu que na Bíblia tem o significado do perdão das dívidas que os cidadãos de Israel contraiam a cada 50 anos de trabalhos. A Igreja primitiva seguiu essa tradição de valores das comunidades de fé (Ac. 2.44-45. A cada 25 anos se proclamava o Jubileu para o perdão de toda dívida. Mais tarde, se ajuntou o perdão de todos os pecados, conseqüência da heresia maniqueísta que proclamava a presencia do bem e do mal. O Jubileu era tempo de indulgência e de perdão total dos pecados pessoais. Iniciou-se, assim, a conduta subjetiva, responsável da ação individual dos atos cometidos pessoalmente. Começava a perder-se o valor comunitário para entrar o valor subjetivo que acarrearia a maldita culpa e o supra valor das ações individuais competitivas, cuja consequência é a sociedade meritocrática e neurótica da atualidade.
 A palavra MISERICÓRDIA, expressa o valor de aceitar a miséria humana e elevar-la ao perdão, ou seja, ao retorno inicial do bem, presente na pessoa humana, feita a imagem de Deus ( Gn. 1.27; At. 3.16).
A alegria do anuncio do nascimento do Salvador, esperado, na cidade de David, proclamou: “gloria a Deus e paz aos homens a quem Deus tem misericórdia”. A misericórdia de Deus é experimentada pelos trabalhadores ( Lc. 2.10-14).
Os fieis, reunidos em casas, vivendo em harmonia, glorificavam a Deus e bebiam do cálice da Misericórdia em experiência comunitária ( Ac. 2.26-47).
 Comunidade e fé se atravessam uma com a outra, de tal maneira, que podemos dizer que nossa fé tem a comunidade como sua fundação e que a comunidade tem a fé como sua fundação.  
Foi para anunciar essa Boa Nova do Reino que eu e mais três jovens colegas chegamos nessa cidade de Sete Lagoas, a pedido dos bispos brasileiros com a missão de fundar e manter o primeiro seminário da diocese com o objetivo de preparar líderes formadores de comunidades de fé e ação evangelizadora.
 O tempo e os fatos acontecidos na sociedade americana e internacional e os anúncios do Concílio Vaticano II convenceram aos fieis de que o comportamento dos ministérios atingisse os próximos e usar de misericórdia como fez o bom samaritano ( Lc.10.36-37).
A sabedoria dos fatos do povo mostrava a necessidade de mudanças. Depois de debater, orar e refletir optou-se por continuar a missão de evangelizar nessa diocese, mediante atividades mais próximas da gente. Seguindo as orientações do Vaticano II optamos para trabalhar com os mais pobres e necessitados.
A diocese tinha somente 6 anos. Junto com Dom José iniciamos um trabalho com os moradores da cidade e da roça. Éramos bem recebidos pela gente que correspondia aos desejos de mudanças, ansiosos de escutar a mensagem da Boa Nova do Reino: acolher com misericórdia, repartindo bens  às comunidades. Esse acolhimento da mensagem evangélica iniciava um processo de renovação na sociedade conservadora, porém aos poucos, teve a reação das famílias tradicionais que se repartem o poder e, com o golpe militar do 64 e a delação de beatos das igrejas, reprimiram a renovação. A semente da ação da misericórdia está lançada.



quarta-feira, 13 de julho de 2016

APREENDENDO COM O POVO

Estava no ponto central da cidade esperando a lotação para regressar a casa. Sentei no banco do ponto. Fiquei perto de uma senhora, mas deixando certo lugar para outros usuários. Uma jovem branca, aparentando uns 25 anos, senta-se entre a senhora e eu. A jovem e a senhora conversam  Logo a jovem branca me estende a mão esquerda com várias moedas na palma e me pede completar o valor da passagem. Tinha uma nota de dois reais e dei-a para a jovem mulher
 Até aqui todo usual. A novidade aconteceu quando a jovem mulher branca me encara e pede para eu adotar-la, afirmando que ela tomaria conta de mim muito bem. Confessou que seus pais já morreram e não deixaram nada para ela poder viver e morar. Pasmado olhei-a sério e nada disse. Chegou a lotação e subimos eu e a senhora. A jovem mulher branca ficou. A senhora sentou no fundo da lotação e olhando para mim dava um convidativo sorriso. Correspondi, mas sentei solzinho, bem na frente do ônibus.
 Adolescentes, jovens e mulheres se oferecerem aos homens, como meio de sobrevivência, é comum na nossa cidade. Por isso não é notícia que dá ibope. Tornou-se fato social e pronto. Esse fato tem uma causa. A causa desse comportamento em todo o mundo está na desigualdade social que fundamenta a sociedade capitalista, porque essa, ao contrário das outras, se estrutura a base do poder que hoje é dinheiro. O dinheiro, como toda mercadoria é um bem escasso, limitado e que pode acabar. O capitalismo colocou o dinheiro no centro da atividade social. Aquele que detém capital está investido de soberania, tornando-se o senhor, o dominador, o legislador, o patrão, o gerente o dono.
A desigualdade social causa a miséria que se vive hoje nas nossas cidades. Esta causa somente desaparecerá quando em conjunto se aplique a política distributiva e desapareça a desigualdade social.
  

  

quarta-feira, 6 de julho de 2016

ONIPOTENTE SISTEMA DE FICÇÕES

A guerra santa, a responsabilidade moral das empresas, o comércio justo, o marketing com causa, a transparência na política, a estética das plásticas, a orgia do esporte, e os reality show, a vídeo vigilância universal, a cultura do shopping, a cidade como parque temático, a copia global, a democracia importada e adaptada aos gostos de cada Estado e ou partido, a clonagem, a customização, produção personalizada, os vírus misteriosos ou o gen suicida, são fenômenos do capitalismo de ficção, dentro de uma esfera onde a representação mediática ganhou a batalha e o real se convalida pela realidade do espetáculo do ganho - perde.
Para essa mudança faz-se necessário, primeiro, converter ao cidadão em espectador e, segundo, vender as entradas a todo um planeta homogeneo, cada vez mais susceptível de ser tratado com um território sem choques, nem problemas., nem lixo. Tudo é reciclado. Estes espetáculos se dissolvem progressivamente no capitalismo de ficção tão irresistível como um gás e tão fatal como o impulso da natureza. Uma natureza que ingressou, desde o ecologismo empresarial, até os direitos humanos dos animais, na mesma música das simulações.
Um universo, por fim, onde se pode ser, ao mesmo tempo, destruidor e reconstruidor bélico, criminal e humanitário, operário e capitalista, católico e budista, homem e mulher. Tudo acontece sem que ninguém tenha interesse em estar vivo ou morto. Ou, incluso, se a de-função - morte possui sentido no meio da incessante função contínua, vinte quatro horas sobre vinte quatro horas, sete dias sobre sete dias, que inaugurou o onipotente sistema de ficções.
Hoje, por acaso, vi e ouvi um canal de televisão nacional que comentava a morte trágica de uma médica ao passar pelas vias Amarelas e Vermelhas, caminho da gloriosa Barra da Tijuca-Rio-.
Era lamentável ver o espetáculo dos assassinatos diários tratados como uma diversão, amarela, porém diversão. Mesmo sabendo que o fato da morte faz parte do movimento da vida, sempre foi tratada com certo respeito e mistéio sagrado, carregado de dor e esperança, mas jamais como uma diversão comercial como é tratada na atualidade. A vida é um sonho; um sonho é uma linguagem que carrega uma mensagem mítica, ignorada pelo sistema.




                

sábado, 25 de junho de 2016

DITADURA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Os meios de comunicação que hoje incorporam grandes empresas de notícias mundiais, regionais e locais, como meio de entretenimento e de informações tem uma influência tão grande na mente das pessoas e, sobretudo do mercado, que passam a viver do modo que informa o meio de comunicação: rádio, jornal, revista, panfleto-fôldertelevisão, internet, celular e nas tecnologias cibernéticas a cada dia mais atrativas.
A maioria das pessoas comem, bebem, dormem, vestem, amam, caminham, se cuidam, trabalham ou não, moram, falam, viajam segundo os ditames policromáticos das mensagens transmitidas pelos meios de comunicação.
As pessoas que pensam por si mesmas e contestam algumas informações dadas pelos meios de comunicação,esses, imediatamente retrucam através dos poderosos sindicatos e associações de rádios, jornais e etc.que essas empresas fundaram para defenderem seus interesses e dos das organizações e nações.
Hoje os meios de comunicação repetem, ao vivo, o dogma da infabilidade. As notícias, informações, publicidade, promoções, campanhas da mídia são princípios indiscutíveis e indispensáveis para os moradores da “ aldeia global”.Quem não obedece é “ careta, atrasado, inculto, herege, marginal, terrorista, ridículo”. Está condenado pela sociedade moderna.
A moça que ajuda em casa quase todos os dias tem novidades extraordinárias e calamitosas que contar. Eu coloco meu ponto de vista sobre os assuntos que ela informa. A moça defende seus argumentos com a frase sagrada do dgma moderno: “ senhor eu vi na teve”! Ai eu fico calado, porque sei que a opinião da moça já está definida. A fidelidade da moça a noticia informativa impresiona.Sua convicção lha dá confiança e certa felicidade.
Assim como os dogmas da igreja caíram aos poucos, algo semelhante deve acontecer com o dogma moderno da mídia, pois, entre muitos sábios, como Humberto Eco, em sua última obra Número Zero, demonstra genialmente que a mídia mente grosseiramente. E observamos como na internet muitas pessoas responsáveis contestam as falsidades da mídia mercenárida da modernidade. E movimentos sociais começam a invadir e a ofender empresas de informação e até a jornalistas, como antigamente se ofendia e atacavam os padres. As pessoas, aos poucos, se tornam cidadãos reponsáveis que pensam por si mesmos.




quarta-feira, 15 de junho de 2016

BRASIL, SOB O JUGO DA LEI.

Urge refletir sobre o papel das leis na sociedade brasileira e até mundial, pois a ideia de que a lei é soberana domina o sistema, mantido pelos doutores da lei.
 Acontecimentos e fatos recentes manifestam, inequivocamente, que o Brasil se está tornando um estado governado por doutores da lei, amparados pelas instituições que fundamentam uma sociedade de classes, promovendo as desigualdades sociais e, que, ao mesmo tempo, favorece os mais poderosos e se condena, descaradamente a inocentes. De tal maneira que um clamor popular sobe aos céus:    “só acreditamos na justiça divina”!
A reflexão sobre o papel e significado real das leis durante o desenvolvimento da civilização se pode apoiar sobre argumentos tirados dos códigos clássicos, desde Hammurabi, greco-romanos, germânicosnapoleônicos e da ONU. Mas opto refletir sobre o comportamento,  ensinamentos e exemplos de vida de Jesus, o Mestre de Nazaré, por ser, sem dúvida, a referência mundial de todos os tempo em relação a verdade e a liberdade, defendida por sua vida e propagada generosa e corajosamente por todos os homens de fé do mundo inteiro que optam pela misericordia e não pela lei e seus sacrificios
Os Evangélicos sinópticos ( Mat. 12, 1-14; Mc. 2. 28 e 3. 3-5; Lc.6, 5-11) apresentam a Jesus indignado com os doutores da lei e fariseus, hipócricas que, com a lei na mão e na cabeça, optam por condenar pessoas enfermas, famintas  antes que faltar a lei que proíbe trabalhar aos sábados. Jesus “ olhando com indignação e contristado pela cegueria dos corações  dos doutores da lei disse-lhes :  o Filho do Homem é senhor do sábado”(Mc. 2. 28; 3, 5).
Jesus se refere ao filho do homem como senhor da lei. O senhor, em linguagem tradicional significa aquele que domina. Todo homem nascido é Filho do Homem. Essse homem é Jesus que, com sua morte e ressurreição comunica para sempre o senhorio dos bens materiais, culturais e espirituais ás pessoas de todos os tempos e épocas ( Gn.2, 15; Ac.2, 39; Rm. 3, 21-25) “ Agora manifestou-se sem lei a justiça de Deus, libertador em Jesus Cristo”.
O povo, mesmo não acreditando na lei dos homens e com todos os motivos, aumentados pelo que acontece hoje no estado dos doutores da lei que policizam a justiça de Deus.
Este comportamento social leva as pessoas a acreditar somente na justiça de Deus. Mas, por uma falsa educação religiosa, as pessoas esperam essa justiça, não nessa vida, mas na vida da eternidade. O povo, mal informado espera por uma justiça no outro mundo. Porém se os homens, filhos do Homem, não tem justiça na terra, tampouco a terão na eternidade, pois a eternidade, como todos os cientistas e teólogos atuais ensinam, juntamente com o Papa Francisco, está aqui com cada uma das pessoas. Deus e sua justiça se manifesta aqui e agora.
A população é sensível a esses ensinamentos evangélicos e sabe comunicar-se para instaurar a justiça divina entre os humanos. Justiça aqui na terra.
A hipocrecia dos doutores da lei que mandam nossa sociedade até apelam aos brasileiros, que pedem justiça para todos, que podem invocar e apelar até ao Papa. È a declaração fatal do cinismo desses doutores que se creem os donos do poder, somente, poque exploram o povo com seus salários de mais de R&. 200.000, 00 mês. Dinheiro tirado do povo.
O povo , na sua sabedoria, sabe esperar, com paciência, mas sabe reagir e resistir a tantos usurpadores do povo trabalhador e, na sua resistência, perseguir o objetivo da organização de uma sociedade em que a justiça seja fruto da união e da criatividade de todos os filhos do homem.


segunda-feira, 23 de maio de 2016

FUTEBOL ARTE

Atualmente o futebol, em categorias de classe, domina a diversão popular das nações. .
Sou amante do futebol desde criança. Se tornou minha principal diversão. Vou ao campo ou assisto por teve ou internet. 
Por que sou amante do futebol?
O jogo de futebol, como todo jogo é arte e a arte diverte,  humaniza. É entretenimento!
O jogo do campeonato da Libertadores das quartas de final, ocorrido na quarta féria, dia 18 de maio 2016, no campo da Independência, em Belo Horizonte, mais que diversão foi um tormento. Penso que tanto o Atlético Mineiro como o São Paulo, tirando a emoção das torcidas, não mostraram a essência do jogo do futebol que é um bale de cada jogador e de cada equipe.
Um ato humano é arte quando se demonstra inteligência individual e de grupo, mostrando a habilidade pessoal e grupal. O vontade de ganhar é normal e essencial para todos os que competem. O bom do jogo é competir. Competir ajuda a superar-se e a galgar o primeiro lugar, a fama e honra. Objetivos normais, sempre que sejam honestos. Os que perdem, também se divertem, ainda que não conseguam o primeiro lugar. Divertimento é o primeiro objetivo,
Atlético entrou, como toro no pasto, desembestado. Mesmo que precisava ganhar por  dois gols, tinha 90´para consegui-lo. O conseguiu com menos de 10´.Ótimo. Mas não teve equilíbrio emocional para administrar as 80´que faltavam. Demostrava impaciência. A bola era tratada como um estorvo. Errava passes, dava chutes ao alto, faltas a toa.
Por outra parte, o São Paulo, penso que jogo mal, mas teve mais calma para poder equilibrar o prejuízo da iliminação. Também teve muita desconexão. Quando, de novo, de bola parada marcou o gol que lhe dava vantagem, soube agrupar as especialidades e habilidades defensivas, mesmo errando muito e lhe valeu a classificação.
Penso que nem um, nem outro mereciam a classificação, pois jogaram sem inteligência, habilidade, nem projeto. Mas jogo é jogo. É imprevisível, por isso é diversão. Quanto a diversão é arte o prazer nunca falha.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Eu vivia em São Paulo fazendo trabalho pastoral em bairros de trabalhadores e de classe media e, também, aproveitava as universidades da capital para convalidar meus estudos feitos na Espanha. Na universidade fez amigos que tínhamos ideias afins e algumas noites saíamos ao teatro, sobretudo ao teatro contestador, como o do Chico Buarque. Fomos a um teatro na rua Augusto para ver o obra Roda Viva. Obra musical, dança e fala. Obra que representava a realidade vivida pela comunidade nacional. Insisto que era de uma maneira simulada, pois a repressão era brava. A plateia lotada de jovens riam, cantava, aplaudiam, chincavam, se emocionavam, davam gritos de luta. O Chico estava toda a obra sentado numa cadeira perto de mesa de bar, devendo e bem chumbado. Só falava, de tempo em tempo, a mesma palavra:"merda", debochando.a platéia morria de rir;
Foi a partir desses encontros que entremos em contato com movimentos de oposição nacional ao governo da ditadura do 64.. 

Infelizmente a repressão era tão brava que muitos colegas se perderam. Outros fugiram. Outros entraram na guerra de guerrilha urbana, mudando de cidade e de estado.
Nesses movimento conheci Frei Beto, Tito. e Dom Helder Câmara , arcebispo de Recife,que, cada quinze dias ,vinha a São Paulo, em casa de amigos , onde recebíamos lições de vida e orações para o bem dos brasileiros mais pobres e excluídos dos bens da vida normal.

Foram tempos que, apesar de sofrer, apreendemos a amar melhor as pessoas que precisavam serem ajudadas.
Dom José Thurler, meu bispo, animava a gente para não desistir e confiar. Ele sempre nos defenderia em qualquer circunstância. 
Mesmo na igreja católica oficial sempre existem seres humanos que tomam o evangelho ao pé da letra. Grato Dom José e tantos amigos que já partiram da convivência visível, mas sinto que hoje estão, como Chico Buarque, bem perto de nós. Agora estamos na ditadura dos togados. Bem pior que a das armas.Coragem para resistir sempre!!! Brasil merece. A história parece que se repete, mas não. A história avança. A gente também!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

TRABALHO, ARTE DE CRIAR BENS COMUNS.


    
O DIA DO TRABALHO foi oficializado no mundo ocidental para comemorar a glória daqueles que com o trabalho criam a riqueza das comunidades e, com elas, dos países e seus Estados, dominados, quase sempre, pelos patrões, dominadores dos operários e dos criadores das riquezas comunitárias.

Hoje o mundo tem pouco que comemorar as artes dos trabalhos dos humanos. Pois o capital mundial que, pela tecnologia moderna, paga, justamente pelo trabalho, consegue aumentar o capital no jogo especulativo do sistema financeiro.
Os mesmos pedreiros que durante a semana trabalham no prédio em construção, vizinho do prédio onde me hospedo , mesmo ganhando mais ou menos um salário mínimo, hoje se devem divertir gastando esse pouco dinheiro no desfrute das patotas nos botecos da periferia, bebendo cervejas , produzidas por outros operários nas fábricas da Ambev, cujo dono é um dos homens mais ricos do mundo e, mesmo sendo brasileiro, vive a capital do capital, a Suíça. Famoso paraíso fiscal, frequentado por bastante brasileiros, sobretudo os políticos de todos os tempo e que hoje querem, de novo, tirar, na marra, um governo popular, para poder, de novo, orientar o capital do país para os seus interesses e os dos grupos corporativos.

O trabalho é o dom humano da criação dos bens necessários para a vida digna e honesta e pacífica. O trabalho dignifica a pessoa humana que se sente realizada, porque produz bens para ele e a comunidade interessada nesses bens que podem intercambiar ou até comprar. A retribuição do trabalho em dinheiro, ou salário não é o objeto do trabalho. O objeto do trabalho é o prazer de se sentir útil e criador, como o Pai do Céu.O grande castigo do desempregado não é somente a falta de dinheiro para viver. É a ausência da relação humana criativa.

Parabéns a todos os operários que exercem a arte de criar. Quando será que trabalho e capital se juntarão numa boa para a bondade mundial?

segunda-feira, 11 de abril de 2016

O FILHO DO CARPINTEIRO

Marcos, Mateus e Lucas, capítulos 10; 20; 18, revelam a Jesus de Nazaré como o Filho do homem e líder, seguido por multidão de pobres trabalhadores, camponeses, doentes, mulheres e crianças.
 Os doutores da lei, os fariseus e autoridades que buscam riquezas, a fim de fundamentar o poder, não suportam o sucesso popular“do carpinteiro”(Mc.6, 3) fazendo o bem e repartindo as riquezas para a população ( Gn,13,2,). Estando em Jerusalém é acusado de agitador, preso, torturado e crucificado pelos doutores da lei e sacerdotes do templo, mas ressuscitou.
Estes fatos, acontecidos milhares de anos atrás, vemos que se atualizam com novos métodos aqui, no Brasil e, nos países, onde os trabalhadores, pobres, camponeses, imigrantes são perseguidos, presos, deportados e mortos.
Os fiéis que são os filhos do homem atuais e que começam ter bens para sobreviver e louvar ao Pai, são acusados, perseguidos e presos e até mortos pelos doutores da lei, sacerdotes e escrivãs que interpretam os princípios bíblicos e jurídicos somente para acumular riquezas e poder pessoal. Foi para isso que no século XVI se criaram os Estados para assegurar o poder dos que usurparam os bens da natureza e cultura. 
 Os Estados modernos criaram a sociedade capitalista. Não como dom de Deus, mas como acumulação brutal de capital- dinheiro-. Esta sociedade encaminha-se para o caos total. Quando a riqueza se acumula para poucos, desaparece o Reino de Deus e se instala do reino dos ladrões ( Lc. 11, 17)
A fé dos filhos do homem se unem no amor para recriar a sociedade do Reino de Deus, onde todos os filhos são convidados para o banquete da vida, sem exceção. O amor é inclusivo, porém aberto!



terça-feira, 29 de março de 2016

SONHO E REALIDADE

Sonhei um vasto campo, lotado de homens, mulheres e crianças, esfarrapados. Escoltados por soldados, fortamente armados e batendo a multidão que avanza no conflito.
Mesmo dormindo, sabia que a multidão reprimida era formada por pobres trabalhadores, camponeses e classes divertentes do sistema social atual, sustentado pelas instituições civís, militares e eclesiásticas, representantes das classes hegemônicas e repressoras do povo trabalhador. No sonho lembrei a divisão entre patrões e trabalhadores que configuram as nasções em que vivi de criança. A guerra civil espanhola do 36 era o conflito entre os republicanos, de um lado, em geral trabalhadores ; do outro lado, militares, aristocratas, patrões e religiosos. Trágica visão da sociedade de classes. Da guerra civil, as imagens pulavam á realidade do II Guerra Mundial, conflito entre pobres e ricos, sob as ideologias do capitalismo, comunismo, fascismo e nacismo.
No sonho, essas visões de perseguição aos pobres e trabalhadores me transladavam para a realidade que vive hoje o Brasil. Corporações judiciais e policiais perseguindo os trabalhadores e seus seguidores, sem julgandomento. Só por serem de partido diferente aos dos partidos dos ricos.  O PIG, partido da imprensa golpista, volta a tática, já usada noutras oportunidades adversas aos intreresses dos ricos. A lorota da corrupção se arremessa ao partido que governa, antes foi o PRN, hoje PT, dos pobres. Os ricos e poderosos aparentenmente limpos, puros, tão puros que ninguém vê. Os juízes, como sempre, estão a favor dos ricos. Os juízes são idénticos aos juízes dos jogos de futebol. Atrapalham o jogo, quase sempre e os torcedores saem revoltados. O mesmo está acontecendo nesse pais maravilhoso. O povo está envenenado pelo PIG. Se esperam, infelizmente cadáveres. O golpe já opera, usando o Impeachement previsto na Constituição. Os partidos da ultra direita insistem em que os juízes são imparciais. Alguém, por favor, me quer dizer onde existe realmente a imparcialidade?
A imparcialidade é um desejo. A sujetividade dirige todo comportamento humano, além das “ideias arranjadas” diria Rosa.
No sonho, vivi toda a longa vida e devo confessar que, infelizmente pouco  mudou. Vim ao Brasil, mandado pela Igreja Católica, junto  com muitos jovens crentes para liberar o Brasil dos comunistas. Na ditadura fui preso e perseguido, porque trabalhava com camponeses, operários, domésticas e minhas aulas colocavam as barbas de molho dos bons e poderosos cidadãos e seus algozes.
Como anunciou o Jornal do Brasil, no dia 18 de abril de 1964, mostrando minha foto e a do colega: “ Inocentes úteis”.
Realmente fomos inocentes úteis ao capital mundial. Depois de 54 anos de Brasil, percebo que o perigo desse país nunca foi o comunismo e, sim o capitalismo, apoiado como sempre pelas classes dominantes e religiosos, com raras e boas excepções. O sonho me revela a maldade submersa desse nobre país. Deus ajude o Brasil!


segunda-feira, 21 de março de 2016

POLÍTICA, MAIOR CARIDADE

A política, como ensina o Papa Francisco, é a primeira virtude da caridade; dar sem esperar retorno. É ato religioso, por isso é virtude.
A política que é a virtude de servir  e aumentar os bens essenciais a vida pessoal , familiar e comunitária. Esse objetivo é que faz que os cidadãos sustentem os governos municipais, estaduais e federais ou tribais. Esse anséio ancestral também se degenerou pela ambição de pessoas escolhidas, de muitas formas, para gerenciar os bens das comunidades do Planeta. A história, mestre da razão, mostra como, de fato, esse objetivo ainda está por vir. Cada dia entendo mais os anarquistas!
O conhecido e bem intencionado economista inglés Adam Smith a fim de conseguir que a política econômica fosse justa para todos, sem excepção, inventou a fórmula “ da mão invisível”. Essa mão invisível, de modo natural, repartiria os impostos pagos pela comunidade trabalhadora para que nenhum membro deixasse de receber os bens essencial a vida. Dois séculos depois ninguém viu essa mão. Evidente é invisível e inútil. A política econômica do liberalismo só favorece os mais ricos, por isso, poderosos.
Hoje, no Brasil, os adeptos da mão invisível do neoliberalismo, empressários, banqueiros, comerciantes, igrejas e militares, imprensas usam e abussam da “mão bem visível” do poder econômico , judicial e militar para excluir dos bens essenciais aos governos populares que tentam fazer chegar os bens esenciais a vida a todos os cidadãos das comunidades. A classe liberal, apoiada aos militares, de sempre, objetiva, a custo do desrespeito descarado as justiças, a impor normas e leis que oprimem os moradores das periferias e a reserva de mão- de- obra que espera trabalhar para viver humanamente.
Um colega discutia, vehementemente, que a lei é feita para os burros. Pois quando não querem andar, apanham. O amor jamais precisa lei, nem normas, porque age por convicção e bondade natural. E a Bíblia, livro precursor da cultura ocidenhtal, ensina que a lei mata e o amor liberta.( Romanos, 2, 17-24)
Hoje, como observou, o ex-presidente Felipe Gonzalez, em palestra recente no Brasil e na entrevista no jornal El Pais e o ex- governador de São Paulo Cláudio Lembo “ o Brasil está em vias de entrar num governo de juízes, já está”. Significa que se pode cair no imperio da lei aque bate só aos burros.