Urge refletir sobre o papel das leis na sociedade brasileira
e até mundial, pois a ideia de que a lei é soberana domina o sistema, mantido
pelos doutores da lei.
Acontecimentos e fatos
recentes manifestam, inequivocamente, que o Brasil se está tornando um estado
governado por doutores da lei, amparados pelas instituições que fundamentam uma
sociedade de classes, promovendo as desigualdades sociais e, que, ao mesmo tempo,
favorece os mais poderosos e se condena, descaradamente a inocentes. De tal
maneira que um clamor popular sobe aos céus: “só
acreditamos na justiça divina”!
A reflexão sobre o papel e significado real das leis durante
o desenvolvimento da civilização se pode apoiar sobre argumentos tirados dos
códigos clássicos, desde Hammurabi, greco-romanos, germânicos, napoleônicos e
da ONU. Mas opto refletir sobre o comportamento, ensinamentos e exemplos de vida de Jesus, o
Mestre de Nazaré, por ser, sem dúvida, a referência mundial de todos os tempo
em relação a verdade e a liberdade, defendida por sua vida e propagada generosa
e corajosamente por todos os homens de fé do mundo inteiro que optam pela
misericordia e não pela lei e seus sacrificios
Os Evangélicos sinópticos ( Mat. 12, 1-14; Mc. 2. 28 e 3.
3-5; Lc.6, 5-11) apresentam a Jesus indignado com os doutores da lei e
fariseus, hipócricas que, com a lei na mão e na cabeça, optam por condenar
pessoas enfermas, famintas antes que
faltar a lei que proíbe trabalhar aos sábados. Jesus “ olhando com indignação e
contristado pela cegueria dos corações
dos doutores da lei disse-lhes : o
Filho do Homem é senhor do sábado”(Mc. 2. 28; 3, 5).
Jesus se refere ao filho do homem como senhor da lei. O
senhor, em linguagem tradicional significa aquele que domina. Todo homem
nascido é Filho do Homem. Essse homem é Jesus que, com sua morte e ressurreição
comunica para sempre o senhorio dos bens materiais, culturais e espirituais ás
pessoas de todos os tempos e épocas
( Gn.2, 15; Ac.2, 39; Rm. 3, 21-25) “ Agora manifestou-se sem lei a justiça de
Deus, libertador em Jesus Cristo”.
O povo, mesmo não acreditando na lei dos homens e com todos
os motivos, aumentados pelo que acontece hoje no estado dos doutores da lei que
policizam a justiça de Deus.
Este comportamento social leva as pessoas a acreditar somente
na justiça de Deus. Mas, por uma falsa educação religiosa, as pessoas esperam
essa justiça, não nessa vida, mas na vida da eternidade. O povo, mal informado
espera por uma justiça no outro mundo. Porém se os homens, filhos do Homem, não
tem justiça na terra, tampouco a terão na eternidade, pois a eternidade, como
todos os cientistas e teólogos atuais ensinam, juntamente com o Papa Francisco,
está aqui com cada uma das pessoas. Deus e sua justiça se manifesta aqui e
agora.
A população é sensível a esses ensinamentos evangélicos e
sabe comunicar-se para instaurar a justiça divina entre os humanos. Justiça
aqui na terra.
A hipocrecia dos doutores da lei que mandam nossa sociedade
até apelam aos brasileiros, que pedem justiça para todos, que podem invocar e
apelar até ao Papa. È a declaração fatal do cinismo desses doutores que se
creem os donos do poder, somente, poque exploram o povo com seus salários de
mais de R&. 200.000, 00 mês. Dinheiro tirado do povo.
O povo , na sua sabedoria, sabe esperar, com paciência, mas
sabe reagir e resistir a tantos usurpadores do povo trabalhador e, na sua
resistência, perseguir o objetivo da organização de uma sociedade em que a
justiça seja fruto da união e da criatividade de todos os filhos do homem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário