segunda-feira, 23 de maio de 2016

FUTEBOL ARTE

Atualmente o futebol, em categorias de classe, domina a diversão popular das nações. .
Sou amante do futebol desde criança. Se tornou minha principal diversão. Vou ao campo ou assisto por teve ou internet. 
Por que sou amante do futebol?
O jogo de futebol, como todo jogo é arte e a arte diverte,  humaniza. É entretenimento!
O jogo do campeonato da Libertadores das quartas de final, ocorrido na quarta féria, dia 18 de maio 2016, no campo da Independência, em Belo Horizonte, mais que diversão foi um tormento. Penso que tanto o Atlético Mineiro como o São Paulo, tirando a emoção das torcidas, não mostraram a essência do jogo do futebol que é um bale de cada jogador e de cada equipe.
Um ato humano é arte quando se demonstra inteligência individual e de grupo, mostrando a habilidade pessoal e grupal. O vontade de ganhar é normal e essencial para todos os que competem. O bom do jogo é competir. Competir ajuda a superar-se e a galgar o primeiro lugar, a fama e honra. Objetivos normais, sempre que sejam honestos. Os que perdem, também se divertem, ainda que não conseguam o primeiro lugar. Divertimento é o primeiro objetivo,
Atlético entrou, como toro no pasto, desembestado. Mesmo que precisava ganhar por  dois gols, tinha 90´para consegui-lo. O conseguiu com menos de 10´.Ótimo. Mas não teve equilíbrio emocional para administrar as 80´que faltavam. Demostrava impaciência. A bola era tratada como um estorvo. Errava passes, dava chutes ao alto, faltas a toa.
Por outra parte, o São Paulo, penso que jogo mal, mas teve mais calma para poder equilibrar o prejuízo da iliminação. Também teve muita desconexão. Quando, de novo, de bola parada marcou o gol que lhe dava vantagem, soube agrupar as especialidades e habilidades defensivas, mesmo errando muito e lhe valeu a classificação.
Penso que nem um, nem outro mereciam a classificação, pois jogaram sem inteligência, habilidade, nem projeto. Mas jogo é jogo. É imprevisível, por isso é diversão. Quanto a diversão é arte o prazer nunca falha.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Eu vivia em São Paulo fazendo trabalho pastoral em bairros de trabalhadores e de classe media e, também, aproveitava as universidades da capital para convalidar meus estudos feitos na Espanha. Na universidade fez amigos que tínhamos ideias afins e algumas noites saíamos ao teatro, sobretudo ao teatro contestador, como o do Chico Buarque. Fomos a um teatro na rua Augusto para ver o obra Roda Viva. Obra musical, dança e fala. Obra que representava a realidade vivida pela comunidade nacional. Insisto que era de uma maneira simulada, pois a repressão era brava. A plateia lotada de jovens riam, cantava, aplaudiam, chincavam, se emocionavam, davam gritos de luta. O Chico estava toda a obra sentado numa cadeira perto de mesa de bar, devendo e bem chumbado. Só falava, de tempo em tempo, a mesma palavra:"merda", debochando.a platéia morria de rir;
Foi a partir desses encontros que entremos em contato com movimentos de oposição nacional ao governo da ditadura do 64.. 

Infelizmente a repressão era tão brava que muitos colegas se perderam. Outros fugiram. Outros entraram na guerra de guerrilha urbana, mudando de cidade e de estado.
Nesses movimento conheci Frei Beto, Tito. e Dom Helder Câmara , arcebispo de Recife,que, cada quinze dias ,vinha a São Paulo, em casa de amigos , onde recebíamos lições de vida e orações para o bem dos brasileiros mais pobres e excluídos dos bens da vida normal.

Foram tempos que, apesar de sofrer, apreendemos a amar melhor as pessoas que precisavam serem ajudadas.
Dom José Thurler, meu bispo, animava a gente para não desistir e confiar. Ele sempre nos defenderia em qualquer circunstância. 
Mesmo na igreja católica oficial sempre existem seres humanos que tomam o evangelho ao pé da letra. Grato Dom José e tantos amigos que já partiram da convivência visível, mas sinto que hoje estão, como Chico Buarque, bem perto de nós. Agora estamos na ditadura dos togados. Bem pior que a das armas.Coragem para resistir sempre!!! Brasil merece. A história parece que se repete, mas não. A história avança. A gente também!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

TRABALHO, ARTE DE CRIAR BENS COMUNS.


    
O DIA DO TRABALHO foi oficializado no mundo ocidental para comemorar a glória daqueles que com o trabalho criam a riqueza das comunidades e, com elas, dos países e seus Estados, dominados, quase sempre, pelos patrões, dominadores dos operários e dos criadores das riquezas comunitárias.

Hoje o mundo tem pouco que comemorar as artes dos trabalhos dos humanos. Pois o capital mundial que, pela tecnologia moderna, paga, justamente pelo trabalho, consegue aumentar o capital no jogo especulativo do sistema financeiro.
Os mesmos pedreiros que durante a semana trabalham no prédio em construção, vizinho do prédio onde me hospedo , mesmo ganhando mais ou menos um salário mínimo, hoje se devem divertir gastando esse pouco dinheiro no desfrute das patotas nos botecos da periferia, bebendo cervejas , produzidas por outros operários nas fábricas da Ambev, cujo dono é um dos homens mais ricos do mundo e, mesmo sendo brasileiro, vive a capital do capital, a Suíça. Famoso paraíso fiscal, frequentado por bastante brasileiros, sobretudo os políticos de todos os tempo e que hoje querem, de novo, tirar, na marra, um governo popular, para poder, de novo, orientar o capital do país para os seus interesses e os dos grupos corporativos.

O trabalho é o dom humano da criação dos bens necessários para a vida digna e honesta e pacífica. O trabalho dignifica a pessoa humana que se sente realizada, porque produz bens para ele e a comunidade interessada nesses bens que podem intercambiar ou até comprar. A retribuição do trabalho em dinheiro, ou salário não é o objeto do trabalho. O objeto do trabalho é o prazer de se sentir útil e criador, como o Pai do Céu.O grande castigo do desempregado não é somente a falta de dinheiro para viver. É a ausência da relação humana criativa.

Parabéns a todos os operários que exercem a arte de criar. Quando será que trabalho e capital se juntarão numa boa para a bondade mundial?