terça-feira, 24 de abril de 2012

DIA MUNDIAL DO LIVRO E DA ROSA


PRIMEIRO QUADRO-
         Uma mesa de madeira ipé puro, lisa, fina. Um vaso de folhas verde-brancas de hibisco. Uma rosa vermelha. No centro a edição do romance épico GRANDE SERTÃO: VEREDAS comemorativa do centanário do João Guimarães Rosa, aberto para leitura dos amigos convidados.No canto a estatueta de bronce de Dom Quixote, indicando os volumes da obra de Cervantes. Noutro canto o livro dos romances La Doma de la Furia e O Mercader de Venecia, de W Shakespeare. No lado frontal o livro Os nove livros da História, de Heródoto, primeiro livro escrito da história humana. No canto posterior o livro PICASSO, dois grandes volumes , edição alemã, em espanhol. No lado desses volumes o Jornal Centro de Minas da semana, publicando o artigo O livro abandonodo no armário
 SEGUNDO QUADRO
      Cinco cadeiras de ipé puro redeiam a mesa. Cinco debatedores livres para discutir e curtir as leituras espontáneas do Grande SErtão: Veredas.
TERCEIRO QUADRO.
       Grande mesa de madeira rústica artesanal. Dois bancos com capacidade para dez pessoas cada. Quatro tijelas de barro mostrando comidas artesais. Paõ integral. Deze taças pata vinhos e copos para água e refrigerantes, uma garrafa tradicional do café brasileiro.
QUARTO QUADRO
      Homens , mulheres e moças intercambiam em diálogo cultural interpretações do Dia do Livro, a situação cultural, a função da cultura e o continuum da civilização pelos livros e pela formação humanista e cientista dos cidadãos.
QUADROS VIVOS INESQUECÍVEIS POR REAIS E UTÓPICOS. A semente frutifica quando lançada.

        

sábado, 21 de abril de 2012

QUEM MUITO LÊ...

É fato experimentado por muitos, Quem muito lê, muito escreve. O pintor Pablo Picasso disse:
Eu não busco, encontro".

    Saber ler os fenòmenos e objetos da vida real significa encontrar esses fenômenos e essas coisas reais.
    Saber ler a realidade da vida tem que saber olhar profundamente a vida que passa ao redor da gente a cada instante e de modos diferentes.
     Ler livros significa penetrar na vida real descrita e presenteada pelos escritores. Os escritores retratam o que observam da realidade que eles percebem e transformam. Por isso quem observa a vida e quem lê livros sabe comunicar o que observa e o que leu de modo gostoso e belo.
      Os amantes dos livros homenegeam o livro no dia 23 de abril, dia da morte de Miguel Cervantes.
     Sempre serão os livros os que continuam a sabedoria na sociedade e na história universal .

DIA DO LIVRO , 23 DE ABRIL


FASCINIO

                                                                       A família acabara de se mudar

                                              Deixaram o novo armário branco.

                                              Após dias, a porta do presenteado armário abro.

      Vislumbro o solitário livro, emitindo a luz solar

      Da sabedoria secular guardada no texto elaborado

      Pesquisado, debatido, aprovado e publicado.

      Com os olhos da mente as trezentas páginas releio

      E vejo vidas, fatos e poemas desfilar.

                                             O livro, mesmo abandonado, será admirado.

                                             Alguém, um dia o encontra, se enamora,fica fascinado.



                                                           INTERESSE



 DIANA ouviu atenta, o relato - poema do Professor atordoado:

- Professor, por que será que se abandona um livro?

 - Diana, você já conhece o refrão: “um fato vale mais que mil palavras, O fato impensado e inesperado do abandono do livro, no armário mostra a realidade do estado da formação cultural das pessoas da comunidade da cidade. A família que abandonou o livro é composta por jovens e adultos, hoje todos trabalhadores de empresas.  Estão alfabetizados. Têm formação escolar do ensino médio completo, feito em escolas públicas da cidade. Os pais ficavam bravos se os filhos faltavam às aulas e demonstravam desinteresse pelos estudos. Mesmo assim, pais e filhos esqueceram o livro. Outros bens que possuíam não foram esquecidos.

            Diana se esforça por entender o descaso aos livros e insiste sobre o assunto. 

            Nesse instante entra na conversa o vizinho Frederico que estava acompanhando o diálogo e se prontifica a esclarecer as dúvidas da Diana sobre a desvalorização dos livros.  – Para mim o motivo do pouco interesse pelos livros se relaciona a família e ao Estado.

-  Por favor, Fredy  seja claro, se possível.

            - Observa Diana que a família somente esquece o livro. O resto vai.  O livro e o bem que ele representa, mesmo sendo um presente, não se encaixa no interesse individual, nem no coletivo familiar. Diana, ninguém pode obrigar a amar. O amor é um estado individual de opção por algo ou alguém. Você concorda Diana? – Evidente responde.

- Lembra que a educação é dever da família e do Estado, conforme a atual Constituição Federal e a Lei 9394/96., Art. 2º. Vemos neste fato que a família desconhece a leitura prazerosa de livros, revistas e jornais de formação e divertimento.

A Diana fica pensativa e se dirigindo ao Professor que trouxe o fato do abandono dos livros conta:

- Professor, se a educação dos membros da cidade, também é dever o Estado  será que a escola pública, de fato, também  desvaloriza os livros e sua leitura?

O Professor e o Frederico com um significativo sorriso algo sarcástico respondem ao um mesmo tempo:

- Querida Diana você já visitou as bibliotecas das escolas públicas e particulares da cidade?   

- Sim contesta Diana!

 Ela mesma completa a notícia.

- Realmente os exemplares existentes nas bibliotecas das escolas, além de serem poucos, são obras de textos de matérias escolares. Contos infantis que se repetem em todas as bibliotecas. Algumas mesas, rodeadas de cadeiras que sempre estão sem alunos e a bibliotecária funcional que fica mais ausente que presente.

- Bravo, Diana, replicam os presentes. De fato, o Estado está ausente de dever de educar os membros da cidade. A leitura de livros, revistas e informativos sérios de formação e diversão, acompanhadas de livre interpretação são à base da educação e formação permanente, de fato.

O estarrecido Professor completa as idéias da Diana:  

            - A inteligência, amigos, é um dom natural concedido generosamente a todos os nascidos. A leitura de livros, revistas e informativos aumenta a potencialidade criativa da mente humana A sabedoria natural das pessoas se completa e aumentam com as leituras das publicações dos livros escritos desde os rabiscos simbólicos nas rochas das cavernas até o romance Solta os cachorros da mineira Adélia Prado.
 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

BRASIL INCOMPLETO, CLARO!

Acabo de ler um texto do famoso jornalista Juan Arias, sobre o que falta ao Brasil para ser o Brasil que se espera mundialmente.O autor mostra um amplo conhecimento dos problemas estruturais de base que sofre o país, desde há séculos e que não consegue resolver.
Imitar Europa, China é a solução que o jornalista aconselha.
Lhe respondi com o refrão de Cervante em Dom Quixote: " de lo dicho a lo hecho hay um gran trecho".
Se Brasil imita esses países que triunfam no sistema, que será do Brasil dentro de dez anos? Europa se cai de podre. China já diminui o PIB e aumentam problemas sociais.

Insisto em que para o Brasil ser livre e independente deve deixar de imitar os outros e re-inventar métodos novos e adaptados aos bens que o Brasil tem de sobra, mas que não sabemos aproveitar. Só vender aos outros.

Produzir e vender , sim. Mas fazer crescer a população com uma educação libertadora, proclamada por Paulo Freire que tantos falam e poucos praticam. O sistema com seu poder de representar teatro lindo engana a todos e ainda aplaudimos.

O Brasil urge ser Brasil igual o pau brasil que encantou o ploaneta.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

AS MULTIDÕES DA PÁSCOA


OS MORADORES das capitais dos estados do Planeta vivem a euforia do resplendor plenamente experimentado nos longínquos dias do fato cultural da Páscoa da Ressurreição de Jesus. Fato da fé popular ante a feliz surpresa de que o Cristo amado e seguido pelas multidões tinha regressado à vida logo, depois de ter sido morto pelos governantes e elites poderosas da Judéia.

   Como todo fato histórico popular a Páscoa da Ressurreição do Cristo se comemora, há séculos, em todas as partes da terra sob diversos aspectos e crenças, vindas da tradição que fundamenta uma das três maiores religiões seguida por multidões de todos os tempos e épocas, apesar de suas muitas variações por parte de interesses de grupos políticos poderosos, desde os tempos do Imperador Constantino, no século III, depois do Cristo, até Felipe Calderón e o Raul Castro, respectivamente  Presidentes atuais do México e de Cuba, na  visita recente do Papa Bento XVI.

TRATA-SE  de uma euforia ante a certeza e a necessidade de viver a plena liberdade que tanto custa experimentar nesses últimos tempos de graves crises econômicas e sociais provocadas em quase todos os países que integram o mercado econômico capitalista.

Como será possível viver a plena liberdade da alma se a cada seis segundos morrem milhares de crianças de doenças provocadas por desnutrição crônica e que se pode evitar?

Como se pode viver a alegria da ressurreição, essência do cristianismo, se países cristãos fabricam e vendem armas no valor mensal de 1.666 milhões de dólares?

Com se pode sentir a qualidade da vida do bem-estar social se estados cristãos da Europa desprezam solenemente o valor do trabalhador, pedra fundamental do bem-estar?

SE CONSTATA, agora, que a resposta a essas perguntas se dá na indignação geral das multidões das capitais da Espanha, da Europa e outros países que se manifestam em greves gerais pedindo pacifica, porém fortemente, mudanças radicais no modo de fazer política. Jovens, famílias, profissionais, educadores e até militares exigem uma passagem urgente da picaretagem para a dedicação responsável ao serviço público.

SEM DÚVIDA que esse movimento universal é o desejo vivo de conseguir a liberdade da ressurreição que somente o comportamento cristão autêntico é capaz de proporcionar. As multidões indignadas demandam urgentemente pessoas honestas como Jesus de Nazaré, pessoas que respeitam as necessidades, desejos e interesses das populações, pessoas que saibam nivelar as classes e as diferenças, provocadas por injustiças injustificadas como as que vemos diariamente entre os governantes, onde impera a desigualdade salarial exorbitante entre o valor salarial dum vereador, juiz, militar, médico, etc, e o valor aviltado de uma enfermeira, uma empregada, um operário, um jovem, uma operária, etc.

AS GREVES contemporâneas manifestam a vontade e a necessidade de realizar a passagem de políticos corporativos, sem visão de bem comum, para políticos escolhidos pelos moradores e que provam serem líderes responsáveis e honestos no serviço às necessidades da população e aos desejos comunitários de uma cidade mais humana e habitável e na gerência dos bens dos municípios que, sem dúvida, são suficientes para conseguir a liberdade de uma vida de qualidade para todos. Essa passagem ou essa páscoa somente será possível, se mudam as pessoas dos políticos. Colocar os caras das famílias e grupos mandantes hereditários, pouco se mudará. As multidões exigem mudanças radicais. Os frutos da árvore mudam quando se muda a raiz da árvore, do contrário os frutos jamais serão saborosos e saudáveis para todos.

Está mais que na hora de que a Páscoa, fundamento do cristianismo, seja uma realidade palpável e não somente uns ritos ou cerimoniais que jamais levam a nada a não ser a uma frustração geral. Está mais que na hora que as religiões se dediquem às populações de modo concreto, real e benfazejo. Está mais que na hora de que a Páscoa assuma seu conteúdo que é alegria, liberdade e bem-estar e que se dedique menos ao culto do sofrimento, das penas e das culpas que transmitem o medo que domina a população crente mediante idéias defendidas pelos que vivem o bem- bom dos bens da vida. Ou se mudam os políticos conservadores ou esta Páscoa mais uma vez será somente para ver e, talvez, morder ovos de chocolate que são gostosos, de fato, mas que seriam mais gostosos se forem para todos. O para todos somente acontecerá cambiando, de vez, pelo voto, os politiqueiros sustentados pelos grupos mandantes.

A Páscoa é para todos. Para os governantes e para os governados.

Diariamente vemos as notícias de que as multidões do Planeta Terra, aglutinados nas praças das capitais solicitam viver plenamente a Passagem do sofrimento injusto para a alegria plena da Páscoa da Ressurreição.  Depende de nós. O Cristo está conosco.

O CONHECIMENTO e o esforço do Cristo histórico junto ao conhecimento e a coragem, cada vez mais presente na população, atravessará o deserto estéril do mercado de consumo para respirar, comer e dançar na fertilidade da terra da gente.