sábado, 21 de abril de 2012

DIA DO LIVRO , 23 DE ABRIL


FASCINIO

                                                                       A família acabara de se mudar

                                              Deixaram o novo armário branco.

                                              Após dias, a porta do presenteado armário abro.

      Vislumbro o solitário livro, emitindo a luz solar

      Da sabedoria secular guardada no texto elaborado

      Pesquisado, debatido, aprovado e publicado.

      Com os olhos da mente as trezentas páginas releio

      E vejo vidas, fatos e poemas desfilar.

                                             O livro, mesmo abandonado, será admirado.

                                             Alguém, um dia o encontra, se enamora,fica fascinado.



                                                           INTERESSE



 DIANA ouviu atenta, o relato - poema do Professor atordoado:

- Professor, por que será que se abandona um livro?

 - Diana, você já conhece o refrão: “um fato vale mais que mil palavras, O fato impensado e inesperado do abandono do livro, no armário mostra a realidade do estado da formação cultural das pessoas da comunidade da cidade. A família que abandonou o livro é composta por jovens e adultos, hoje todos trabalhadores de empresas.  Estão alfabetizados. Têm formação escolar do ensino médio completo, feito em escolas públicas da cidade. Os pais ficavam bravos se os filhos faltavam às aulas e demonstravam desinteresse pelos estudos. Mesmo assim, pais e filhos esqueceram o livro. Outros bens que possuíam não foram esquecidos.

            Diana se esforça por entender o descaso aos livros e insiste sobre o assunto. 

            Nesse instante entra na conversa o vizinho Frederico que estava acompanhando o diálogo e se prontifica a esclarecer as dúvidas da Diana sobre a desvalorização dos livros.  – Para mim o motivo do pouco interesse pelos livros se relaciona a família e ao Estado.

-  Por favor, Fredy  seja claro, se possível.

            - Observa Diana que a família somente esquece o livro. O resto vai.  O livro e o bem que ele representa, mesmo sendo um presente, não se encaixa no interesse individual, nem no coletivo familiar. Diana, ninguém pode obrigar a amar. O amor é um estado individual de opção por algo ou alguém. Você concorda Diana? – Evidente responde.

- Lembra que a educação é dever da família e do Estado, conforme a atual Constituição Federal e a Lei 9394/96., Art. 2º. Vemos neste fato que a família desconhece a leitura prazerosa de livros, revistas e jornais de formação e divertimento.

A Diana fica pensativa e se dirigindo ao Professor que trouxe o fato do abandono dos livros conta:

- Professor, se a educação dos membros da cidade, também é dever o Estado  será que a escola pública, de fato, também  desvaloriza os livros e sua leitura?

O Professor e o Frederico com um significativo sorriso algo sarcástico respondem ao um mesmo tempo:

- Querida Diana você já visitou as bibliotecas das escolas públicas e particulares da cidade?   

- Sim contesta Diana!

 Ela mesma completa a notícia.

- Realmente os exemplares existentes nas bibliotecas das escolas, além de serem poucos, são obras de textos de matérias escolares. Contos infantis que se repetem em todas as bibliotecas. Algumas mesas, rodeadas de cadeiras que sempre estão sem alunos e a bibliotecária funcional que fica mais ausente que presente.

- Bravo, Diana, replicam os presentes. De fato, o Estado está ausente de dever de educar os membros da cidade. A leitura de livros, revistas e informativos sérios de formação e diversão, acompanhadas de livre interpretação são à base da educação e formação permanente, de fato.

O estarrecido Professor completa as idéias da Diana:  

            - A inteligência, amigos, é um dom natural concedido generosamente a todos os nascidos. A leitura de livros, revistas e informativos aumenta a potencialidade criativa da mente humana A sabedoria natural das pessoas se completa e aumentam com as leituras das publicações dos livros escritos desde os rabiscos simbólicos nas rochas das cavernas até o romance Solta os cachorros da mineira Adélia Prado.
 

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