domingo, 16 de fevereiro de 2014

QUESTÃO POPULAR

O devido Seriam mais das 13, 00 horas. Para fugir do sol escaldante do verão buscava a sombra rente as lojas da avenida central da cidade luz. Na entrada dum bar-restaurante se aglomeravam transeuntes para ouvir o jornal da Tv, informando mais uma trágica notícia da habitual guerra do trânsito, aceita como algo natural. Esta vez na Linha Amarela no Rio de Janeiro. O prefeito da cidade estava sendo entrevistado e, como bom político, sempre respondendo evasivamente. Curioso parei perto do grupo .Estando escutando a notícia um senhor, bem vestido me pergunta. – Amigo, que é justiça? Meio sorridente, nós olhamos e, coçando a cabeça, tento responder ao popular amigo: – Bom, colega. Teoricamente os cientistas sociais definem a justiça como” DAR A CADA UM O QUE LHE É DEVIDO POR NATUREZA”. Ai o bom e curioso amigo fica sério, muito sério e indaga, meio desconfiado: - Me fale de uma coisa que me seja devida e que me lhe dão de boa-fé. Agora eu rasguei ainda mais meus poucos cabelos. – Veja. Nessa notícia que estamos escutando a vida que perderam as cinco pessoas no acidente lhes era devida. - Pois é, continua o cidadão. A passarela lhes tirou a vida que lhes era devida. Amigo, aceite que não existe justiça. Eu provo ao senhor como a vida não é devida mesmo. Olhe, aqui, na cidade, todo dia e toda hora, indivíduos tiram a vida a pessoas por motivos fúteis e pior ainda, por tirar outros bens adquiridos que essas pessoas assassinadas possuíam. – Realmente, bom amigo, hoje a teoria e as definições negam a crua realidade que se está impondo. Parece que a verdade é a morte, o roubo, os assaltos, os sequestros, as guerras, cada dia mais numerosas e sofisticadas e os responsáveis para manter essa realidade social moderna somente se reúnem, formam comissões, assinam acordos que nunca são levados a sério. Os governantes parecem sádicos empedernidos. Governar é cinicamente tirar os bens devidos aos aposentados, aos doentes, aos alunos, aos operários. Observamos como em todo o mundo aumentam os juros e diminuem os investimentos comunitários. Você, amigo, tem toda razão. Não existe justiça na vida real aparente, nem aqui, nem lugar nenhum. Isso é o que observamos a cada instante.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

CARLITOS, A ARTE DOS EXCLUÍDOS

Há muitos anos que na parede de minha casa, entre quadros de pintores, está colgado um pôster com a inesquecível figura mais humana que os céus nos deram nesses séculos. Charles Chaplin, o Carlitos entre nós, está sentado no limiar dum casebre e no seu amparo uma criança de rua, na rica cidade de Londres, capital do poder. A imagem angelical dos dois sem-teto comunica paz, solidariedade, honestidade e gargalhadas sim fim. Carlitos e suas criações eternizam a beleza do povo, alma do belo, de verdadeiro, da sabedoria. Neste centenário desejamos que volte um artista que saiba mostrar a beleza dos pobres , famintos e esquecidos da sociedade opulenta como jamais na história dita humana. O humanismo se nota nos pobres, de fato, nas crianças abandonadas ou oprimidas pelas miséria e pelos pedófilos de todos os tempo. Dos pobres e das crianças é o reino dos céus. Essa situação pessoal que a gente sente e que chamamos de felicidade. Sim, somente os inteligentes gostam dos pobres, sim é verdade e com muito prazer. Carlitos, grato e volta pra dar alegria a todos os que desejamos ser mais humanos.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

VIDA E OBRA DO PE. LIBANIO

Hoje recebi através de um amigo a notícia da morte ´súbita do Pe. João Libanio, jesuíta que residia , há muitos anos em Belo Horizonte, onde lecionava teologia e exercia os cuidados pastorais numa paroquia em Vespasiano entre os excluídos da sociedade moderna e viajava para pregar e dar cursos de teologia e pastoral por todo o Brasil e o mundo e para todas as classes sociais.. E morreu estando em Curitiba exercendo o ministério da palavra que tão misticamente transmitia a todos. Sua simpatia e alegria era contagiante e era a expressão de uma alma vibrante e pura. Além de falar deixa mais de 100 livros escritos e traduzidos e inumeráveis artigos. Seu testemunho pessoal é amis eficaz que tudo o que podia dizer ou escrever. Pois entre o dito e o feito há grande abismo. Libanio era. É e será eternamente. Como aluno e colega na Puc. Minas quero deixar meu testemunho de gratidão a esse cristão humano. Sua pessoa mostrava ao vivo ao Jesus de Nazaré. O Jesus de Libanio era pobre entre os pobres e sábio entre os doutores. Jamais deixou de enfrentar educadamente todo desafio dos poderosos que usam a religião e a profissão e o poder para oprimir os humildes filhos de Deus. Nunca usou sua situação privilegiada para impor ideias ou mandar aos outros. A semente de sua obra e sua vida, sem dúvida, deixará outros cristãos que acreditam que a sociedade pode voltar a ser boa como no princípio da criaão e que o homem e a mulher dominarão a sociedade para o bem estar de todos os cidadãos. Pode dar a impressão que os cidadãos bons passam desapercebidos ou ignorados ou vencidos e de que sua morte deixará no esquecimento suas obras e sua vida. Jesus já nos deu o caminho. Importa plantar a semente, cuida-la que germinará. Os discípulos e amigos de Libanio regaremos diariamente a semente do bem para que ela apareça no devido tempo e ela aparecerá. Podem crer. Amigo , agora estamos mais perto do que nunca . Grato e fica conosco.