sexta-feira, 28 de março de 2014

O PROCESSO DA DEPRESSÃO

Dan Dennett,( Boston,1942) filósofo norte americano, Beieng-Chull Han, o maior pensador da atualidade, residente em Alemanha e o Pesidente de Uruguai, José Mujica, recentemente coincidem em anunciar uma possível cura para a moderna doença da depressão seria voltar a descobrir o valor do outro. Por outro se entende o próximo, o semelhante a nós. Eles insistem em mostrar que , na atualidade, as pessoas mais do que pessoas são indivíduos isolados e sujeitos as novas tecnologias ditas redes sociais e a internet e tevês. O mundo da gente é um caixote. Passamos a maior parte das horas do dia ante caixotes: tevês, tabletes, celulares, videogames, etc. Até nas horas mais pessoais e sociais como sempre foi a comida se pode ver filhos, netos, familiares, amigos comendo e vendo as imagens virtuais dos caixotes. Nem mais o prazer de comer se está sustentado. Ao deixar de ficar com o outro, aos poucos também se perde a afetividade humana e, consequentemente até a sexualidade, o amor. O eros e o ágape sempre funcionam interligados. Só se deseja sexo quando se conhece e se apalpa o outro. A vida social também desaparece, pois até nas baladas somos violentados a balançar ante enormes caixotes que transmitem imagens de artistas que cantam, dançam ,falam , representam. Nos restaurantes quando se espera ser servidos por garçonetes educados somos obrigados a levantar para nos servir como gado no cocho. Na vida política piorou ainda mais a participação do povo democrático. Os poucos interessados na vida política que rege o sistema devem sujeitar-se aos programas dos caixotes especializados em política, servidos por mercenários titulados de especialistas: jornalistas, professores, pesquisadores, políticos de ofício. Hoje a Internet conseguiu o máximo desejo do sistema neoliberal. Someter mediante o prazer de pensar-se livres e em paz e felizes. Pois mediante as artes mágicas virtuais se pode inocular o vírus narcisista viral, cujo resultado fatal é o desprendimento do outro, o único de criar comunidades de gente humana livre e feliz. Hoje proibido pelo direitos do mercado dominante global.

domingo, 9 de março de 2014

DEMOCRACIA FORTE

Como poderemos conquistar uma democracia forte? Mediante a conversa política - educação - entre os cidadãos, através da aplicação de um juízo coletivo convergente e, principalmente, pela valorização do trabalho e da ação comunitária, superando a convicção e cultura liberal, de que o peso da democracia descansa na tomada de decisões através de votações que somente manifestam preferências de pessoas, grupos e países exportadores da ideologia dominante; quando o problema da democracia não é tanto a mera tomada de decisões pelos votos, mas o bem-estar-comum, a mobilidade e a ascensão às oportunidades que a natureza e o meio ambiente oferecem a todos os seres viventes. Ou seja, formar um Estado Social no qual seja reconhecido a todos os membros seus direitos, e onde todos sejam sujeitos que possam satisfazer suas necessidades, sem que seja preciso violar os interesses dos outros (HEGEL,1985). Trata-se de querer um mundo comum, uma comunidade gerada por uma vontade também comum, expressa por mecanismos viáveis de comunicação e informação de todos e para todos, pois, o conhecimento é patrimônio social. Não se trata de imposição de indivíduos e de grupos que dominam, criam e manipulam a opinião publica, incitando-a à procura veemente de um bem comum fictício. Os princípios neo-liberais devem ser aceitos, entendidos, desejados e interiorizados por todos os membros que formam a comunidade livremente constituída. A técnica e a democracia são mais uma técnica de organização social, uma forma de conhecimento que se fundamenta, tanto na ciência, como em outros tipos de saberes comuns. Porém, o resultado não é a mera aplicação de um conhecimento já elaborado por outros, senão que é a transformação do conhecimento num sistema de pensamento próprio e assimilado. Jamais importação de ideias e interesses de grupos tanto da esquerda como da direita que hoje se mascara de grupos , aparentemente democráticos e são mercenários do grande capitalismo liberal que invade, como sempre a população dos países, mediante falsidades e ameaças, ataques e torturas, embrulhados em ideias humanas e até cristãs.