segunda-feira, 14 de abril de 2014

A CORAGEM DO MEDO


O medo não é real, nem um perigo. O medo somente existe para os que são cegos. O cego não enxerga os objetos, não percebe a luz da realidade que muda as cores da vida, porque a vida não é o que se vê.É muito mais do que se observa nos fatos acontecidos. A realidade como a vida é um movimento que insiste em continuar no vai vem das ondas da história que transcendem toda realidade.

O sonho de mudar a realidade é a grande aspiração é inspiração dos artistas que são os operários que, com suas obras eternas, profetizam que mudar a vida é viável. È um sonho que pode tornar-se realidade, mesmo ante a morte, a contradição mais forte da história.

Guimarães Rosa na sua obra literária mais famosa revela um sonho de uma realidade bela, gostosa e solidária na descrição que desenha sobre o povoado Verde Alecrim:

.”... No Verde Alecrim as mulheres damas eram donas de terras, possuíam aquelas roças de milho e feijão nas vertentes da serra, nos dependurados. Delas era toda a terra plantável. Por isso,  os moradores e suas honestas famílias  serviam a elas , com muita harmomia de ser e todos os préstimos obsequiando e respeitando – conforme  eu mesmo achei bem: um sistema  que em toda a parte devia de sempre se usar”( Rosa, 1986 :465)

A vida em comum é ser e estar juntos com os outros.  O reconhecimento da existência do outro como principal expressão do bem comum é o motor que acelerará o porvir de uma sociedade humana fundamentada na paz e na felicidade. É só esperar. Não importa o quanto.  Na sociedade de amor , respeito e confiança não terá lugar para o medo.

A nova ordem social mundial do bem-estar forma um processo em evolução permanente. O mundo que esperamos é o mundo da sociedade do conhecimento compartido, do trabalho criativo pessoal e coletivo, do capital como meio de integração e realização e do mercado aberto como grande centro onde  se apresentam e reluzem, para contento de todos os moradores, as inovadoras mercadorias e todos os bens inventados e produzidos pelo interesse dos projetos pessoais e coletivos das comunidades locais, nacionais e internacionais. ( Perelló, 2004)

 
B

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