Não posso, nem devo mais deixar de notificar o estado de calamidade
pública daquela conhecida situação que os políticos chamam de “ saúde
pública”que se entende a atividade da medicina preventiva e o cuidado eficaz
das doenças que, ao longo da história, apareceram por causas enigmáticas,
previstas e provocadas. Saúde Pública também inclui cidades construídas
seguras, belas e divertidas, ( Ferguson.Civilização:ocidente
X oriente. Planeta, SP, 2012, pp.175-219)
Sei que os leitores diariamente ouvem rádios,
lêem informes, assistem a palestras e até cursos informando do descaso, de
fato, da saúde pública no Município, no Estado e Federação, entidades
geopolíticas que configuram o país. Mas, também se informam sobre propostas
ideais de uma Saúde Pública a ser implantada. Sem saúde pública jamais pode
existir um bem – estar pessoal e social sossegado.A saúde pública, assim como a educação, demandas básicas e essenciais da comunidade não é, como espalham por ai, falta de dinheiro. Não! É vontade política.
Veja, oh leitor amado, o exemplo dos Estados Unidos de
América, o país mais rico do mundo. O Presidente Obama lança, há anos, um
projeto para que 56 milhões de americanos pobres tenham plano de saúde pago
pelo Estado. A saúde como a vida forma
parte dos Direitos Universais da ONU. Porém ficam no papel, como tantas leis.
Por que o
Presidente Obama enfrenta tanta dificuldade para programar esse direito
universal a saúde dos americanos pobres?
Porque as
organizações e empresas de produtos farmacêuticos, assim como as corporações de
médicos e hospitais, em geral, se opõem ao atendimento geral da população,
porque temem perder os aumentos constantes de seus incomensuráveis lucros.
Tem mais. Na
atualidade o ocidente rico e produtivo vive uma crise de anos, provocada pelos
grandes bancos e empresas transnacionais. Os pseudo-economistas do ocidente
propõem que o caminho para sair da crise é austeridade e não investimento. Por
isso, a saúde pública e educação de ocidente perderam a gratuidade dos serviços
desde o Estado do bem-estar, introduzido pela democracia social de ocidente no
século XX.
Diz-se que ninguém é uma ilha. Ninguém pode realizar nada sozinho. Nada podemos fazer sem os outros. É evidente que essa situação mundial respinga no nosso município, estado e nação. Os dados duma pesquisa no nosso hospital, poucos anos atrás, mostram o constrangimento de enfermeiros e pacientes ante a ausência da ética profissional.
O
atendimento médico gratuito e de qualidade é um direito universal. O ideal da
saúde pública pode se tornar uma realidade no nosso município. Só falta vontade
política e moral dos médicos, cuja responsabilidade social é preservar e cuidar
dos cidadãos que nasceram para viverem com saúde numa cidade limpa e, por isso,
linda.
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