quinta-feira, 13 de agosto de 2015

RESISTÊNCIA POPULAR

A mão-de-obra vinda da população foi a primeira tecnologia empregada pelos intelectuais e empresários para a acumulação do capital que formou as cidades. A classe trabalhadora foi deslocada para as periferias.
Papa Francisco, em recente reunião com prefeitos de capitais, insistiu na tese de que o político tem que administrar as cidades humanas a partir das periferias das cidades e não a partir dos centros.
É nas periferias que se aglomeram as pessoas que formam os recursos humanos para a produção dos bens de consumo e de capital. Na visão dos acadêmicos, os habitantes das periferias formam o exército de mão-de-obra disponível para a produção e uso dos grupos corporativos dominantes das cidades e comunidades modernas.
Com o progresso da ciência e tecnologia, os donos dos bens de produção do mundo moderno se liberam, cada vez mais, da dependência dos trabalhadores desqualificados e até dos qualificados.
O trabalho, direito natural e universal das pessoas, está desaparecendo como meio de subsistência. O que hoje aumenta o capital dos grupos dominantes é a especulação monetária. O capital produz mais capital. O mercado moderno investe na formação de agentes criativos dedicados ao desenvolvimento constante da ciência e tecnologia, ficando cada vez mais livres das necessidades da mão-de-obra tradicional que, sem emprego, passa a viver nas periferias.
Os moradores das periferias são os que formam o que hoje se entende por povo, ou a população concentrada para poder ser empregada, sempre que os grupos dominantes necessitem, sobretudo para empregos descriminados.
A situação política, econômica, social e cultural atual está dirigida e fomentada para eliminar as populações operárias e trabalhadoras das periferias, já que na atualidade, não são mais necessárias para os empregos existentes.
A crise de hoje é a relação de conflito entre o público, os pobres, o privado e ricos. O bom senso mostra que essa situação somente pode agravar a violência já instalada na sociedade de classes, cada vez mais massacrante.

   


 

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