sábado, 25 de abril de 2015

O AMOR SEM TEORIAS

. No centro da arrumada mesa presidiam garrafas de vinho tinto seco chileno, francês e espanhol. Quadros alusivos decoravam as cinzas paredes do grande comedor. Sentindo os encantos da deslumbrante mesa de comer me dirijo ao amigo João indagando- Escuta! Se celebra, algum aniversário? Por favor, me informe!
O amigo com cara de sorrateiro responde a boca jarro: - Jorge, você sabe que sentar-se numa mesa, pôr pés e pernas sob a mesma, é sinônimo de convite para ir a cama com a mulher convidada. Não é por isso que você veio sem sua mulher, safado?
A risada foi tão sonora que o pessoal que estava na sala de espera olhou imediatamente para nós, ficando boca semiaberta que aos poucos, também virou gargalhadas por osmose. Mas o motivo ficou latente.
Muitas das pessoas convidadas pela família do João já eram amizades de tempos passados, cujos contatos seguiam somente pela vida social tradicional. Depois de abraçar as amizades conhecidas, o gentil João me presentava os convidados que me eram desconhecidos, entre eles homens e mulheres. O entorno era promissor. Se pressentia os encantos da mesa e, quem sabe também, da cama na teoria do amigo João.

Existe o refrão que relacionada acertadamente mesa e cama quando ensina que a comida e o amor têm que ser vistosos, cheirosos e gostosos. Nada a me opor, antes pelo contrário.

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