O sociólogo e político, professor Darci Ribeiro percebe, de uma
maneira muito realista, a posição dos donos do poder na realidade da sociedade
brasileira que vivemos perigosamente nesses dias. Assim se expressa o cientista:
Nossa tipologia das classes sociais vê na
cúpula dois corpos conflitantes, mas mutuamente complementares. O patronato de
empresários, cujo poder vem da riqueza através da exploração econômica; e o
patriciado, cujo mando decorre do desempenho de cargos, tal como o general, o deputado,
o bispo,o líder sindical e tantíssimos outros. Naturalmente, cada patrício
enriquecido quer ser patrão e cada patrão aspira às glórias de um mandato que
lhe dê, além de riqueza, o poder de determinar o destino alheio.
Nas ultimas décadas surtiu e se
expandiu um corpo estranho nessa cúpula. É o estamento gerencial das empresas
estrangeiras, que passou a constituir o setor predominante das classes
dominantes. Ele emprega os tecnocratas mais competentes e controla a mídia,
conformando a opinião publica. Ele elege parlamentares e governantes. Ele
manda, enfim, com desfaçatez cada vez mais desabrida. [1]
O poder está
também naqueles que têm a capacidade de cativar os outros com suas qualidades
pessoais excepcionais e que, com sua personalidade dotada, transmitem
admiração, espanto, respeito, devoção, obediência e vassalagem.
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