sexta-feira, 14 de junho de 2013

AS ELITES E AS INSTITUIÇÕES


Veja leitor querido, o trágico conflito da histórica disputa da propriedade de terras entre indígenas brasileiros e fazendeiros na invasão da fazenda Buriti, no Matogrosso do Sul e das usinas hidroelétricas em construção no norte do país.

Qual será o dente de coelho que se esconde nesses conflitos?

Vamos recorrer à história, a razão mais fiável da verdade científica. Os indígenas do Brasil e das Américas são os primeiros moradores, que se saiba, dessas terras; delas viviam, porque se alimentavam, divertiam e habitavam e compartilhavam, conforme costume tribal.

No século XVI portugueses e espanhóis, orientados por teorias convencionais de formação dos estados absolutistas, compiladas na obra clássica do Príncipe, de Nicolas Maquiavel, financiados pelos reis da Espanha e Portugal, chegaram as Américas e, em nome do Rey e de Deus, se apoderaram das terras, usando a força militar, religiosa e jurídica burocrática, estudada em instituições da Europa e Oriente Médio. Essas forças vindas de instituições convencionais, suporte de interesses de grupos que mandavam na Europa e Oriente outorgavam propriedade das terras aos indivíduos privilegiados e a grupos que dominavam mediante a força física. Esses indivíduos e grupos, modernamente foram intitulados pomposamente de elites dominantes, são sujeitos poderosos e expertos e grupos constituídos pelas instituições básicas da sociedade ocidental e oriental. Esta situação, desde o princípio, organizou a sociedade do novo mundo, segundo os padrões culturais da civilização ocidental e cristã. Os indígenas conheceram a pobreza; soldados e religiosos aumentaram a riqueza, protegida pelos reis e leis do ocidente invasor. 

Este é o fato histórico, cujas trágicas consequências seguem até nossos dias. Pois problema mal solucionado jamais deixa de criar problemas, sempre maiores e mais graves, como as invasões da atualidade, tanto no Brasil e nas Américas, África, Ásia e Oceania.

Nenhum comentário:

Postar um comentário