sábado, 29 de setembro de 2012
MESTRES E AMIGOS
As palavras são traidoras. Nunca expressam fielmente o pensamento da mente humana, antes pelo contrário. Vejamos.
A palavra professor, modernamente em uso de mercado, tem um significado de professar atividades permanentes. Indica, especialmente uma atividade exclusiva. Manifesta a profissão daquela pessoa que se dedica ao ensinamento dos outros dentro do mercado de trabalho. Professor é, hoje, uma profissão situada no mercado. O mercado oferece infinitas escolas e universidades para habilitar formalmente os candidatos a exercerem essa profissão de ensinar. Qualquer indivíduo que deseja ser professor é só entrar numa faculdade e se diplomar.
Mestre é uma palavra, cujo significado, hoje está em baixa, porque tem pouca eficácia no mercado de consumo contemporâneo. O mestre é a pessoa emblemática, modélica de virtudes, de capacidades, de habilidades e qualificações, muitas vezes natas e aperfeiçoadas, em algumas faculdades ou escolas . Mestre somente ensina pela vivência, pelo exemplo. Mestre é amigo que aflora confiança, honestidade, respeito e dedicação. Mestre mostra com sua conduta. Os discípulos apreendem mais pelo contato que pelo que fala. O mestre convive com os discípulos. Nunca os abandona. O mestre indica, orienta, mostra caminhos, descobre potencialidades natas ou adquiridas dos alunos. Mestre é, porque tem identidade própria.
Na minha longa vida de aluno em escolas desse mundo moderno, tanto no estrangeiro, como em vários estados do Brasil tenho tido muitos professores. Mestres tenho encontrado poucos,mas são desses poucos que marcaram minha vida e personalidade para a eternidade. Lembro o nome desses poucos. Não lembro os nomes dos muitos professores que passaram na minha vida como passam os indivíduos no passeio das avenidaddas das capitais e grandes cidades.
Será possívdel juntar numa escola ou universidade mestres e professores?
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
AS APARÊNCIAS ENGANAM SEMPRE
Mãe e filham participando da festa de confraternização junina da escola pública do centro da cidade. Lá, fundo os alunos da escola dançando, tansvestidos de personagens de películas americanas da moda consumista. Famílias, professoras e diretoria da escola felizes. Além de divertir-se e perceber a organização moderna da antiga escola pública, as famílias e visitantes, compram bens de consumo comestíveis e de diversão, deixando o dinheirinho da família pra ajudar a escola pública, obrigatória e gratuíta. Gratuita? Só pra inglés ver.
A escola pública já é paga pelos impostos das famílias da cidade e por todos os trabalhadores que são os que pagam. Rico não paga nem imposto. Se safa sempre, pois eles colocaram os governantes no poder e agora reclamam sua parte, ainda que seja pequena.
A beleza dessa mãe e de sua filha é auténtica. A alegria e confiança delas também, ainda que pura ilusão. Vejam no fundo da imagem fotográfica. Os alunos dançam e cantam músicas e letras estrangeiras de consumo popular que enriquecem comerciantes , empresários e multinacionais.
Mais no fundo do palco, pátio programado e enfeitado está, bem a vista de todos, o conhecida e atávica imagem do Leão da Metro, a grande companhia de diversões que oferece o circo ao povo simples e ignorante das grandes realidades que formam as bases da sociedade . Tudo bem,mas o pior e detrás dessa distração, para não dizer falcatrua, corre a educação dessas inocentes, lindas e puras crianças que espera-se sejam educadas para uma vida feliz, pelo menos como os passarinhos do cerrado que sempre cantam, porque estão felizez. Não , não é assim.
As belas crianças somente apreendem a obedecer e a ler e escrever o suficiente para continuar na ignorância da realidade social a que estão situadas. As crianças guiadas, como Alice no país das maravilhas, além de obedecer as fadas - bruxas, interiorizam conteúdos moralistas subjetivos facilmente de serem derrubados pelo primeiro pedófilo, ou pedófila que oferecer um presente já visto nos disenhos, estórias ou canções da escola.
Quem educa as crianças e jovens são os bens do mercado que se oferecem, indiscriminadamente e de modo sutil aos apetites instintivos e dirigidos pela escola, sociedade e pela família que confió o bem precioso de seus filhos e dos futuros cidadãos da cidade, coisa difícil de acontecer.Cidadão somente é aquele que se dirige pelas suas próprias idéias, objetivo da escola que somente ofereceu e de modo caricaturesco as idéias, como disse Guimarães Rosa, já arranjadas pelos invasores estrangeiros.
O grande Mestre universal Guimarães Rosa é totalmente ignorado nos conteúdos das escolas. As verdades e conteúdos das famílias do sertão quando aparecem são em forma de folclore. Coisa passada e de gente pobre e sem futuro.
A Constituição da República nos primeiros artigos assenta que a educação dos cidadãos é dever e direito do Estado e da FAMÍLIA. Onde fica a função do Supremo Tribunal Federal-STF- Acaba no oportuno Mensalão?
Qual será o futuro dessa bela criança com uma escola e família contaminada pelo poder dos grupos hegemônicos do mercado?
domingo, 16 de setembro de 2012
CRESCE O CONHECIMENTO DOS POVOS
A cada dia, sempre por motivos históricos, as populações que configuram as nações modernas, se aglutinam as principais capitais e cidades do PLANETA TERRA que arde, infelizmente, a fogo e espada reivindicando os soberanos direitos de viver sendo respeitados nos sentimentos, desejos e necessidades básicas das comunidades onde se desenvolvem como pessoas que pensam e desejam agir conforme o pensamento que receberam da tradição.
Nessa agitação popular mundial fica , cada vez, mais evidente, a relação vital que existe entre política, religião, línguas, cultura, trabalho e meio ambiente.
Percebe-se de modo limpo a descrença das populações na democracia importada pelo sistema econômico atual. Vemos que as populações morrem pela sua fé, não pela mentalidade política, nem sequer econômica, morrem e se sacrificam pela comunidade original da qual nasceram, se educaram e cresceram.
As populações atuais apreenderam que os governos democráticos, sem excepção, são invasores das vontades de da boa fé pessoal e comunitária. apreenderam que os governos se conquistam pelo poder econômicos de grupos, corporações, nações e até de indivíduos que mamaram do gonerno em cargos e funções que deveriam ser de serviço. Jamais de próprio enrriquecimento, como o povo começa a perceber e se indignar de modo cruento.
O povo busca o bem -estar. Não consegue , porque o enganam. O povo quer trabalhar. Mas está desempregado, porque o sistema joga a roleta financeira mundial. As pessoas sabem criar , mas os grupos hegemônicos de ciências aplastam, despreçam e não dão valor ao poder creador da população.
Sabe-se que o bem sempre acaba vencendo, mas esses imagens que vemos , vemos como o bem, nos tempos ditos democráticos, se conseguem aos gritos e , as vezes, infelizmente, pela força.
Torcemos para que o bem desejado seja conquistado pela demanda coletiva, sem sacrifícios humanos de nunhuma especie.
Deixem o povo falar. Deixem o povo escolher, deixem o povo pensar, e teremos imagens de banquetes e de festas, como a vida é.
domingo, 9 de setembro de 2012
O BANQUETE DA VIDA
Todos os dias, na hora do almoço, convivemos o gozo do sabor
da boa comida caseira junto com o espetáculo gratuito dos vôos rasantes da
variedade passarada que abrem asas pela casa grande. Por esses dias o prazer
foi original. Arte mesmo. Um passarinho de vivas cores, cuja classificação eu
ignoro, pulava de galho em galho no hibisco, verde-prata do quintal com tanta
elegância e altivez que, os dois cachorrinhos, em vez de aguardar as migalhas
que caem da mesa, olham atentamente a dança do desconhecido saltimbanco. No
mesmo tempo vários pardais, pombos, pássaros pretos, pica-paus e sanhaços
posavam pelas telhas do barracão e as cercas de pirajá. Outros beiravam à
piscina a beberem água e, imediatamente, subiam nos muros. As cabecinhas,
inquietas, viravam pra lá e pra cá. Debruçavam e partiam felizes pelo espaço
azul dourado do meio dia sertanejo. Boquiaberta desfrutava do espetáculo da
natureza igual os cachorrinhos.
Alguém definiu
a vida como um banquete. Um banquete que une os membros da família num amor
aberto e crescente. Um banquete, onde se saboreia, cheira e contempla-se a
beleza da culinária sertaneja. Um banquete enfeitado por flores do campo,
pedaços de sol na mesa. Um banquete, cuja presença dos bichos artistas estimula
sobremaneira o apetite da família reunida na gostosura dos prazeres naturais da vida.
A pessoa
sensibilizada com a natureza se eleva, se transforma, se humaniza, se valoriza,
respeita, ri, ama, faz o bem e goza universalmente do Pão nosso de cada dia.
Assinar:
Postagens (Atom)