sábado, 9 de junho de 2012

SETE LAGOAS ACORDADA

       
·         O que vi, senti, vivi. Era o dia 6/06/12, das 17,00 horas ás... Pouco importa! Uma juventude alegre, ansiosa, consciente. Poucos adultos eufóricos. Um idoso vibrante defendendo os adolescentes em marcha, parando o tránsito na frente do CAT. Os condutores dos carros sorriam. Entendiam? Logo entenderão. Os adultos, de pé, frente a Casa de Cultura, na dúvida do passado experimentado, amargavam um pesadelo...ossível fracaso. As águas da Lagoa Paulino, refletindo prédios e, lá longe a Serra de Santa Helena, firme, confiante, irradiante e triunfante. Olhei as águas e vi, senti, vivi as figuras dos jovens Raimundo Figueiredo e Regina, Laerte, Xavier, Jorge e os colegiais de 50 anos atrás mortos e perseguidos semeando esse dia seis de junho, retumbando nas populares festas juninas, reflexo permanente da vitória do povo unido e amado. Não sou poeta, sou testemunha, sou o contínuo da cidade luz na sombra da Serra, alma coletiva do meu povo.

As estrelas tingiam de cores as águas da Lagoa Paulino refletindo prédios, árvores, transeuntes e casais se amando.

A sombra da Serra de Santa Helena deitada mostrava, esbelta, as formas naturais do corpo humano parindo a alma coletiva do bravo povo de cidade luz, terra, água  cor e ar.

Agora sabemos que o poderoso mercado consumista jamais apagará o brilho desse povo acordado de Sete Lagoas das Gerais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário