Acabamos de
sermos testemunhas da solene instalação pelo governo federal da Comissão da
Verdade, entidade formada por pessoas de notório saber e reconhecida
experiência histórica para esclarecer a verdade sobre os tristes acontecimentos
ocorridos no golpe militar de 1964, e no período das ditaduras onde cidadãos
responsáveis e inocentes foram perseguidos, atormentados e mortos simplesmente
por terem idéias próprias divergentes.
A Presidenta Dilma, no discurso da instalação da Comissão da Verdade,
como ato de Estado, definiu perfeitamente o que pode ser verdade. ” A palavra verdade, na tradição grega ocidental, é
exatamente o contrário da palavra esquecimento. É algo tão surpreendentemente
forte que não abriga nem o ressentimento, nem o ódio, nem tampouco o perdão.
Ela é só e, sobretudo, o contrário do esquecimento. É memória e é história. É a
capacidade humana de contar o que aconteceu” ( 2012).
Os
cientistas de todos os tempos ensinam que a razão histórica é o método mais
perfeito para chegar ao conhecimento das verdades.
Os
integrantes da Comissão da Verdade perguntarão aos cidadãos brasileiros sobre o
ocorrido durante os tempos negros das ditaduras. Serão perguntas feitas para
terem respostas esclarecedoras sobre fatos, fenômenos e pessoas que possam
comunicar a memória e escrever a história brasileira completa, tanto nas suas
luzes como nas trevas, pois somente a verdade liberta, porque a verdade é a
manifestação livre do pensamento e ação da pessoa humana em todos os tempos.
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