quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O GOZO DAS REALIDADES DA VIDA


Neste interim aparece mais um livro do pensador e filósofo mais lido da atualidade Zyng Bauman, com o livro maravilhoso O AMOR LÍQUIDO; os laços frágeis das relações humanas.   O autor afirma e confirma que as duas realidades que sempre perseguem o ser humano são: o AMOR e a MORTE. 
Naturalmente a pessoa humana sempre tendeu ao amor e a morte. Só nessas duas realidades, você, amado leitor, eu e todos os outros humanos podemos nos realizar plenamente.
No amor eu já experimentei e sinto que a pessoa humana, quando ama entra, em êxtases momentaneamente no paraíso. O grito mais espontâneo que se pronuncia no ato do amor humano é : Meu Deus, meu Deus. Que delícia!!! Por minutos, o peso material do mundo desaparece e entra no interior da gente a leveza espiritual do ser humano..
Na morte somente tive uma experiência pessoal, há 16 anos, num acidente de trânsito na Br. 040. Vivenciei um túnel colorido muito sossegado e sem margens, nem limites. Sentia-me levitar. Estado semi- consciente e feliz pelo trabalho nacional que estava projetando para as universidades do Brasil. O II Encontro Nacional de Estágio que reuniria mais de 700  professores do país. Nada mais lembro que as fortes dores, quando acordei horas depois, no carro do Samu indo ao Pronto Socorro Odilon Bering, em BH.
Quando minha mãe morreu, aos 91. Informado, em silêncio, fui a janela de casa. Olhei o amanhecer do novo dia. Foram quinze minutos de contemplação, sentida, porém muito sossegada. Era domingo de Ramos, início da Semana Santa. Avisei parentes e amigos e fomos à missa para agradecer os gestos de amor de mãe e a morte, encontro definitivo com a vida.
A morte sempre foi à revelação do amor pessoal do Pai, recebendo em festa os filhos pródigos nesse mundo;O medo atávico que as pessoas podem sentir do amor total e da morte é resultado de visões religiosas, impostas por expertos que, ao transmitir medo, conseguem dominar os pobres humanos medrosos, durante a vida.
È a busca da segurança individual e coletiva que faz as pessoas procurar permanentemente soluções para o entendimento e conservação da relação amorosa e da morte, mesmo a custa da aceitação de soluções absurdas, impostas pelos expertos dos grupos no poder.

  

 

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