Os dos dois princípios que sustentam a
burguesia do sistema econômico, político e cultural atual, sem dúvida, podemos
declarar que, a raiz do poder da sociedade contemporânea, se fundamenta no gênero
feminino.Eis uma prova essa afirmação história.
Os debates políticos
entre um candidato masculino e uma candidata feminina, conforme declaram e
publicam ostensivamente todos os informativos, se resumem na caça às bruxas.
A caça às bruxas é um folclore atávico da expansão e
manutenção do medo a mulher, porém, diplomaticamente, transformada em bruxa,
mulher má, feia que persegue, atormenta, esconde e até mata crianças, pessoas e
famílias. A cultura de ocidente fomenta essa mentalidade no folclore das
festividades do dia do halloween. Não é
por acaso que esse costume se origine na cultura dos países capitalistas e que
difundem pelo mundo inteiro.
No capitalismo, em geral o poder se centra na figura do
homem, do machista que manda, comanda, castiga e até mata, sobretudo mulheres.
Nas empresas sobressai a figura do patrão e do gerente que usa a inteligência e
a força da mulher como mão-de-obra barata e como objeto fácil de prazer.
Nessas eleições, deliberadamente, a elite brasileira bate
moralmente a candidata mulher, com o cinismo e hipocrisia que a caracterizam.
O poder da mulher é
tanto que os caçadores de bruxas, no desprezo, as jogam no esgoto da cultura
como prostitutas e vagamundas, mas, assim mesmo, o nosso imortal Guimarães Rosa,
conhecendo a realidade social e o poder da mulher, em sua obra Grande Sertão: Veredas mostra as
virtudes das mulheres e sua força para atrair os homens aos seus pés.
“Então,Nhorinhá, se ela não tinha valia, como é que era de tantos homens?”( Rosa, 1986:458)
A prostituta Nhorinhá, nessa passagem, como em
todas as outras, sempre é exposta como uma mulher que tem valor, uma mulher que
marca, uma mulher que mostra qualidades que cativam e realizam os homens
satisfazendo as necessidades biológicas, psíquicas, afetivas e místicas.
Historicamente a pessoa feminina completa a
pessoa humana. A burguesia atual demoniza a mulher, porque dela vem o poder
social, humano e gozoso da sociedade livre.
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