quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O TEATRO POLÍTICO



             Vejam a imagem dum teatro moderníssimo. Tecnologicamente acabado: telão, folders, internet, luzes. a plateia parada. Os atores e doutores e autores e professores no palco. Lugar apropriado para os professionais mandantes. Diriamos , hoje, gerentes, melhor,  executivos. Na imagem desse teatro executam mesmo. A imagem fala por si mesma. Perfectamente coibida. Vejam lá, no fundo, o inteligente falando dos problemas sociais, do emprego qualificado, dos sintomas dos adolescentes, das fábricas, do mercado. Vejam. Ele fala. O resto, resto só escuta, quando escuta.
Esta situação é a mesma da sala de aula moderna, das fábricas modernas. Será? Das associações, das igrejas e dos ditos partidos políticos. De partidos somente tem a divisão e as dicotomias constantes.
Nada estranho. A vida é um teatro mesmo.
Mas o enredo da obra do teatro pode mudar. O espectador pode subir ao palco e pode falar o que pensa e deseja. Sem medo aos gerentes, nem executivos, nem militares, nem polítiqueiros. Neste conteúdo a sociedade do sistema atual mudaria , de fato.O argumento teatral seria outro.
Por que até hoje aguentamos um teatro de contedúdo monologista; apologista; troglodita?
Porque o povo que trabalhou, que paga impostos, que cria a comunidade está sendo enganado e oprimido pelos grupos hegemônicos no poder há séculos. Só isso. Criemos outras obras do teatro da vida qualitativa e feliz.

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