O segundo turno das
eleições gerais da França confirmou a mudança dos partidos políticos tradicionais:
o Partido Socialista e o Partido da República que governaram durante décadas na
V República francesa, inaugurada pelo general De Gaulle.
As eleições do domingo
dia 18 de junho, confirmaram a mudança e o apoio, em geral da população
francesa ao recém eleito presidente Macron, de 39 anos e que nunca foi político
profissional, nem tradicional.
O que chama a atenção
dessa eleição é a confirmação popular de mudar os tradicionais partidos
políticos de esquerda e direita e seus aliados e oposicionistas, representantes
de correntes diferentes compostos em partidos minoritárias da população. É a
primeira vez que um partido, recém
criado pelo jovem Macron( LRM) gana a
Presidência de França e a maioria absoluta no Congresso Nacional, agora
composto por políticos jovens e empresários sem experiência na política. Os
tradicionais partidos da esquerda – direita e partidos de ultradireita e
esquerda ficaram praticamente eliminados dos governos centrais.
Algo parecido aconteceu
nas eleições da Espanha, Reino Unido e até, em certo modo , nos EEUU ao eleger
o multimilionário D. Trump, esperança dos mais pobres do pais mais rico do
mundo, reforçando o populismo para conseguir e manter o poder.
Pode-se perceber que esses fatos políticos
internacionais se relacionam com o significativo refrão que apreendi, aqui, no
Brasil, quando ganha a eleição algum candidato profissional não desejado pelo
cidadão:
Nem! Os
colares mudaram, mas os cachorros são os mesmos.
Significa que os nomes
dos políticos tradicionais e monárquicos que ganharam as eleições e entraram
hoje no governo federal são idênticos aos que perderam. Mudam-se só os nomes.
Pela experiência
política coronelista implantada no Brasil, mediante o regime democrático, inaugurado
pela burguesia francesa em 1798 e copiada pelos republicanos primários
brasileiros, o refrão popular mostra uma grande sabedoria e uma enorme e total
desconfiança com os políticos que até hoje, salvo raras exceções, governaram
esse pais. O latir desses cachorros aborrece, morde, mata..
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