segunda-feira, 26 de junho de 2017

A VOZ DAS URNAS LIVRES

O segundo turno das eleições gerais da França confirmou a mudança dos partidos políticos tradicionais: o Partido Socialista e o Partido da República que governaram durante décadas na V República francesa, inaugurada pelo general De Gaulle.
As eleições do domingo dia 18 de junho, confirmaram a mudança e o apoio, em geral da população francesa ao recém eleito presidente Macron, de 39 anos e que nunca foi político profissional, nem tradicional.
O que chama a atenção dessa eleição é a confirmação popular de mudar os tradicionais partidos políticos de esquerda e direita e seus aliados e oposicionistas, representantes de correntes diferentes compostos em partidos minoritárias da população. É a primeira vez que  um partido, recém criado pelo jovem Macron( LRM)  gana a Presidência de França e a maioria absoluta no Congresso Nacional, agora composto por políticos jovens e empresários sem experiência na política. Os tradicionais partidos da esquerda – direita e partidos de ultradireita e esquerda ficaram praticamente eliminados dos governos centrais.
Algo parecido aconteceu nas eleições da Espanha, Reino Unido e até, em certo modo , nos EEUU ao eleger o multimilionário D. Trump, esperança dos mais pobres do pais mais rico do mundo, reforçando o populismo para conseguir e manter o poder.
 Pode-se perceber que esses fatos políticos internacionais se relacionam com o significativo refrão que apreendi, aqui, no Brasil, quando ganha a eleição algum candidato profissional não desejado pelo cidadão:
 Nem! Os colares mudaram, mas os cachorros são os mesmos.
 Significa que os nomes dos políticos tradicionais e monárquicos que ganharam as eleições e entraram hoje no governo federal são idênticos aos que perderam. Mudam-se só os nomes.
Pela experiência política coronelista implantada no Brasil, mediante o regime democrático, inaugurado pela burguesia francesa em 1798 e copiada pelos republicanos primários brasileiros, o refrão popular mostra uma grande sabedoria e uma enorme e total desconfiança com os políticos que até hoje, salvo raras exceções, governaram esse pais. O latir desses cachorros aborrece, morde, mata..

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